
O Conselho Deliberativo do Patrim�nio Cultural de Belo Horizonte se reuniu extraordinariamente, nesta segunda-feira, e decidiu, por unanimidade, tombar o antigo pr�dio Faculdade de Filosofia e Ci�ncias Humanas (Fafich), localizado na Rua Carangola, Bairro Santo Ant�nio, Regi�o Centro-Sul da capital. O pr�dio onde funciona atualmente a Secretaria Municipal de Educa��o, foi usado durante o per�odo da ditadura como importante local de resist�ncia aos militares. A data da reuni�o foi escolhida propositalmente para ocorrer hoje, dia que completa 50 anos do Golpe de 1964.
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Na reuni�o, a relatora do processo de tombamento, M�nica Eust�quio, contou a hist�ria do pr�dio e relembrou a import�ncia das instala��es, que foram usadas como ponto de resist�ncia ao regime. Ela tamb�m relatou momentos do dia em que o local foi invadido pelos militares. M�nica chegou a se emocionar no final de sua fala, quando lembrou o dia que foi presa, em 1971, quando estava a caminho da Fafich. M�nica Eust�quio teve o irm�o, Adriano Fonseca Filho, na �poca com 25 anos, desaparecido. Ele foi assassinado durante a guerrilha do Araguaia.
O presidente da Funda��o Municipal de Cultura e que tamb�m presidente o conselho, Le�nidas Oliveira, disse que a data e o tombamento s�o importantes para “fazer com que a cidade se lembre bem desse dia que durou 21 anos”, afirmou, se referindo ao dia 31 de mar�o de 1964, data do golpe.
Al�m da estrutura f�sica da faculdade, as picha��es que se encontram na lateral do pr�dio tamb�m foram inclu�das no ato de tombamento. Com isso, os escritos que dizem palavras de ordem contra a ditadura e pela abertura pol�tica dever�o ser preservados. A justificativa � que as picha��es representam o momento hist�rico.