Bras�lia, 31 - Sob o comando do presidente da C�mara, Henrique Eduardo Alves, e do ministro da Previd�ncia, Garibaldi Alves, o PMDB do Rio Grande do Norte abriu um racha na coliga��o que apoia a presidente Dilma Rousseff, excluiu o PT da alian�a local e se juntou aos principais partidos de oposi��o, a exemplo do PSB, PSDB, DEM e PPS. O candidato a governador ser� o pr�prio Henrique Alves, numa coliga��o de cerca de 20 partidos. O Estado tem 2,5 milh�es de eleitores.
A vaga de senador, prometida at� 20 dias atr�s � presidente estadual do PT, deputada F�tima Bezerra, foi entregue � ex-governadora Wilma de Faria, do PSB do pr�-candidato a presidente da Rep�blica Eduardo Campos. Ao PR caber� indicar o nome do vice-governador. Aliado da presidente da Rep�blica, Henrique Alves anunciou que seu palanque ficar� aberto para Dilma Rousseff. Mas nos bastidores o PT nacional trabalhar� para que Dilma n�o suba ali. Quer que ela construa o seu pr�prio espa�o, independentemente do que for montado por Henrique Alves.
Ao rejeitado PT restou o PSD de Gilberto Kassab. "O PT foi exclu�do da chapa sem a menor cerim�nia. E nem t�nhamos diverg�ncias, porque o PMDB queria o governo e n�s o Senado. Mas o PMDB preferiu se aliar a advers�rios que fazem feroz oposi��o ao nosso governo - que � deles tamb�m - e se livrar do PT", disse F�tima Bezerra. O fato de n�o ter sobrado a ela quase nenhum partido para montar a alian�a n�o a far� desistir, disse F�tima. "Fiquei com um palanque muito pequeno. Mas vou disputar o Senado", afirmou F�tima Bezerra. O candidato a governador na alian�a com o PT dever� ser o hoje vice Robson Faria, do PSD. Ainda estou procurando outros partidos, como o PCdoB, que sempre nos acompanha".
O chap�o de Henrique Alves foi montado no final de semana e teve a participa��o direta de Eduardo Campos. Como havia uma resist�ncia da Rede Sustentabilidade (abrigada no PSB) da ex-ministra Marina Silva � coliga��o, a ex-governadora Wilma de Faria viajou na sexta-feira a Recife para conversar com Eduardo Campos sobre a alian�a. Depois de ouvi-la, Campos a autorizou a entrar na chapa para disputar o Senado.
Wilma encontrou-se com o governador acompanhada de uma comitiva que incluiu a ex-l�der do PSB na C�mara Sandra Rosado e os deputados estaduais M�rcia Maia, Larissa Rosado e Tomba Farias. Na pr�pria sexta, � noite, todos voltaram a Natal, j� ungidos pelo candidato do PSB. Henrique Alves foi avisado da decis�o de Campos e, ao lado do primo Garibaldi Alves, foi chamado pelos socialistas para um jantar em comemora��o � alian�a, servido no apartamento do deputado Tomba Farias.
Embora Henrique Alves tenha dito que seu palanque ser� de Dilma e do vice-presidente Michel Temer (que � presidente licenciado do PMDB e ao qual � muito ligado), PSB, PSDB e DEM acreditam que podem tirar proveito da proximidade com o presidente da C�mara. Campos porque tem chances reais de eleger Wilma de Faria senadora, o que fortalecer� sua bancada no Senado, al�m de ter seu nome vinculado ao dela. A�cio, porque o PSDB � insignificante no Rio Grande do Norte e o que vier em termos de voto � lucro. E o DEM porque poder� usar os palanques de Alves para bombardear o PT. O fiador da alian�a por parte do DEM foi o presidente do partido, senador Jos� Agripino, que � do Rio Grande do Norte.