O presidente do PSDB e prov�vel candidato do partido � Presid�ncia da Rep�blica, senador A�cio Neves, afirmou nesta ter�a-feira acreditar na "responsabilidade" do presidente do Senado, Renan Calheiros, para que o requerimento de abertura da CPI da Petrobras, para investigar a compra da refinaria Pasadena nos Estados Unidos, seja lido ainda hoje. "O senador Renan tem a responsabilidade, n�o � uma manifesta��o da sua vontade, � a responsabilidade de ler ainda hoje o requerimento e solicitar que, no prazo de cinco dias, os partidos indiquem seus representantes (para a CPI)", disse.
O senador disse ainda que n�o est� prejulgando ningu�m. "O que n�s queremos � que as investiga��es ocorram, para que as den�ncias possam ser comprovadas ou n�o". A�cio disse que as mobiliza��es da base aliada estimulam que se apure os fatos com rigor. "A ansiedade de setores do PT estimula que a investiga��o ocorra o mais rapidamente poss�vel."
A�cio voltou a dizer que n�o vai se intimidar com tentativas da base aliada do governo de incluir as den�ncias do caso Alstom, cartel de trens em S�o Paulo, Cemig e Porto de Suape no escopo da CPI da Petrobras. "Eu respeito posi��es de governistas que querem fazer investiga��es sobre outras �reas, que fa�am, elas s�o bem-vindas", disse. "Agora, querer criar dentro da CPI j� protocolada subterf�gio para que as investiga��es n�o ocorram � zombar da sociedade brasileira", refor�ou.
"Manobras"
O senador chamou de "manobras" essas tentativas dos aliados. "Me parece que n�o querem apurar aquilo que hoje assusta, avilta e indigna a sociedade brasileira", disse. N�s precisamos saber se houve, efetivamente, nessas decis�es que lesaram a companhia, lesaram os investidores e lesaram a popula��o brasileira, se houve dolo, se houve m� inten��o, esse � o papel da CPI", afirmou. Disse que pretende se reunir em Bras�lia com lideran�as da oposi��o e trabalhar "para que se cumpra o regimento do Congresso Nacional, do Senado e a Constitui��o".
Equipe
A�cio Neves negou que j� tenha definido nomes da equipe para um eventual futuro governo. Na segunda-feira, 31 de mar�o. O presidente do PSDB jantou com empres�rios em S�o Paulo e passou boa parte da noite ao lado do ex-presidente do Banco Central, Arminio Fraga. No evento, o senador teria deixado a entender que o economista poderia ocupar um cargo no Minist�rio da Fazenda em um eventual governo. “Nunca disse isso. O que eu disse foi que Arminio, ao lado de figuras como Jos� Roberto Mendon�a de Barros Mansueto (Almeida) e Samuel Pessoa, s�o economistas que est�o nos ajudando com a constru��o de uma agenda para o Brasil”, afirmou.
Apesar da negativa, o senador disse que fica “muito feliz” em poder contar com a participa��o de Arminio neste momento. “Mas n�o � hora ainda de tratar de minist�rio, at� porque ainda n�o ganhamos a elei��o”, afirmou, ressaltando: “Ainda”. O senador participou, na manh� desta ter�a-feira, 1, da abertura do F�rum Panrotas 2014, na capital paulista. Ap�s dizer que � preciso dinamizar o setor de turismo, o tucano criticou o uso da pasta como "instrumento de barganha pol�tica", afirmando que "o Minist�rio tem sido loteado, ocupado sucessivamente por indica��es de pessoas que n�o t�m nenhuma familiaridade com o setor”, disse.
Pouco antes da fala de A�cio, o rec�m-empossado ministro do Turismo Vinicius Lages havia discursado, mas no momento em que o tucano tomou a palavra Lages j� havia deixado o evento. O senador do PSDB disse, no entanto, que suas cr�ticas ao comando da Pasta do Turismo n�o significam que as pessoas que ocupam o cargo “n�o sejam dignas ou corretas, apesar das in�meras den�ncias que no passado ocorreram”.