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Estado de Minas

Economista da FGV confirma trabalho com A�cio

Segundo Samuel Pessoa, ainda n�o h� pontos do programa definidos, mas certamente o cen�rio do ano que vem ser� de "um ajustamento duro da economia"


postado em 02/04/2014 10:07 / atualizado em 02/04/2014 10:18

S�o Paulo - O economista e pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Funda��o Getulio Vargas (FGV), Samuel Pessoa, confirmou em conversa com o Broadcast que j� trabalha na formula��o da agenda econ�mica do prov�vel candidato � Presid�ncia A�cio Neves (PSDB). "Tenho conversado com o senador h� quatro meses", afirmou. Segundo ele, ainda n�o h� pontos do programa definidos, mas certamente o cen�rio do ano que vem ser� de "um ajustamento duro da economia".

Durante evento ontem em S�o Paulo, A�cio afirmou que o ex-presidente do Banco Central (BC), Arm�nio Fraga, "ao lado de figuras como Jos� Roberto Mendon�a de Barros, Mansueto (Almeida) e Samuel Pessoa, s�o economistas que est�o nos ajudando com a constru��o de uma agenda para o Brasil".

Pessoa disse que ainda � cedo para definir as diretrizes de um eventual governo tucano e refor�ou que o cen�rio "n�o vai ser f�cil pra ningu�m". "Tem desequil�brios por toda parte", afirmou. "Por isso que eu n�o tenho condi��es de falar muito agora. Tenho total consci�ncia de que � uma situa��o dif�cil e estou me debru�ando sobre ela com cuidado", ponderou. Questionado se h� um prazo para que o programa esteja pronto, o economista negou. "Quem define isso � o candidato."

Segundo Pessoa, um de seus exerc�cios para desenhar pol�ticas futuras mostrou que a situa��o em 2015 ser� bem pior do que foi em 2003, ap�s o conhecido "efeito Lula" nos mercados. No fim de 2002, a infla��o havia ficado em 12,53% e o d�lar chegou pr�ximo do patamar de R$ 4. "Em diversos crit�rios a situa��o atual � pior do que em 2002, inclusive no inflacion�rio. Hoje, apesar de uma infla��o em um patamar menor, ela ainda � alta e h� uma infla��o de servi�os muito maior, que n�o existia em 2002", comparou. "A natureza da infla��o hoje � muito pior que a natureza da infla��o naquela �poca", completou.

Pessoa afirma ainda que os pre�os administrados, que pesar�o na conta do governo no ano que vem, "estavam em ordem" na ocasi�o. "Sem falar no ajustamento cambial que precisar� ser feito", disse. "L� atr�s t�nhamos pre�os administrados em ordem, infla��o se servi�os rodando abaixo da infla��o cheia e uma trajet�ria de c�mbio futuro cadente", refor�ou.

A�cio afirmou na segunda-feira em S�o Paulo que a pol�tica de pre�os administrados tem "efeitos colaterais perversos". Segundo ele, um futuro governo tucano ter� como preocupa��o a infla��o no centro da meta "e n�o no teto".

O senador criticou a postura do atual ministro da Fazenda, Guido Mantega, de declarar que a infla��o no teto da meta, de 6,5%, est� dentro do controle. "Me preocupo quando vejo declara��o do ministro (Mantega) de que a infla��o est� sob absoluto controle. Sabemos que a tampa dessa panela de press�o daqui a pouco vai ser aberta", afirmou. Segundo ele, a infla��o hoje, de 6%, "est� em trajet�ria crescente e s� est� nesse patamar porque temos pre�os controlados de energia, de transporte p�blico, de combust�vel", disse.

Para o economista, outro desafio que precisar� ser enfrentado � a quest�o das contas p�blicas. "O super�vit prim�rio que o FHC deixou para o Lula foi de 3,2% do PIB (Produto Interno Bruto), e esse prim�rio � recorrente, sem receita extraordin�ria", diz. "J� a presidente Dilma (Rousseff) est� legando para ela mesma ou para quem vier um prim�rio recorrente de 0,8% do PIB."

Cargo no governo


Questionado se almejaria ou se j� havia acertos para ocupar algum cargo em um eventual governo tucano, Pessoa tergiversou. "Acho muito dif�cil, nunca trabalhei no setor p�blico, n�o sei se tenho perfil." Ele ponderou que tem amigos, - como Marcos Lisboa (que foi secret�rio de Pol�tica Econ�mica do ministro Antonio Palocci) e Nelson Barbosa (ex-secret�rio-executivo do ministro Guido Mantega) -, que fizeram um bom trabalho.

"N�o teria nada contra, � uma atividade nobre, n�o digo que nunca vou fazer, s� tenho a impress�o de que n�o tenho perfil", disse. Pessoa tem v�nculos antigos com o PSDB e j� foi assessor econ�mico do ex-senador e empres�rio Tasso Jereissati (PSDB-CE).


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