Rio, 02 - A �ltima viagem da presidente Dilma Rousseff ao Rio com S�rgio Cabral governador, nesta quarta-feira, 2, teve muitos elogios aos aliados do PMDB, mas pouco contato com a popula��o. Sem eventos abertos, o m�ximo de proximidade com o povo foi quando, durante visita �s obras da linha 4 do metr�, a presidente cumprimentou oper�rios do turno da manh�. Um grupo de trabalhadores, no entanto, recusou-se a recepcionar Dilma. Os empregados da ind�stria de constru��o pesada est�o em campanha salarial e amea�am iniciar greve a partir da pr�xima segunda-feira.
"Ou paga ou para tudo, chega de enrola��o", dizia um cartaz do sindicato dos oper�rios colado no canteiro de obras. Os trabalhadores reivindicam 10% de reajuste salarial e aumento do vale alimenta��o de R$ 230 para R$ 300 mensais. "Queremos respeito, n�o adianta pol�tico pedir meu voto nessas elei��es", afirmou um oper�rio, que n�o quis se identificar, por temer "retalia��o". Na futura esta��o S�o Conrado do metr�, vizinha da favela da Rocinha, Dilma cumprimentou oito l�deres da comunidade, levados ao subterr�neo do canteiro de obras. Os moradores ensaiaram um coro de apoio � reelei��o: "Rocinha presente, Dilma novamente". Em seguida, a presidente embarcou em um jipe aberto, ao lado de autoridades, e percorreu um t�nel em constru��o. N�o houve discursos.
A linha 4 do metr� vai custar R$ 8,5 bilh�es ( R$ 7,5 bilh�es em recursos do governo do Estado e R$ 1 bilh�o da Concession�ria Rio Barra). A participa��o da Uni�o � por meio de empr�stimos do BNDES e do Banco do Brasil. Ao decidir pela viagem ao Rio, Dilma fez quest�o de prestigiar Cabral, que assina hoje a carta de ren�ncia, para se candidatar ao Senado, com a popularidade em baixa e em meio a uma crise na seguran�a p�blica que o levou a pedir a presen�a de tropas federais no Complexo da Mar�, na zona norte.
A presidente elogiou o futuro governador, Luiz Fernando Pez�o, que tentar� a reelei��o em outubro: "um parceiro inigual�vel em todos os momentos". A agenda de Dilma no Rio n�o teve espa�o para o candidato do PT ao governo do Estado, Lindbergh Farias. A candidatura pr�pria do PT, que rompeu alian�a de sete anos com Cabral, provocou rea��o imediata de uma ala do PMDB-RJ, que passou a apoiar o tucano A�cio Neves na disputa pela Presid�ncia da Rep�blica. Cabral e Pez�o, no entanto, anunciaram apoio � reelei��o de Dilma.