S�o Paulo, 07 - O empres�rio Leonardo Meirelles, dono da Ind�stria e Com�rcio de Medicamentos Labogen Qu�mica Ltda, revelou que o doleiro Alberto Youssef, o "Primo", alvo maior da Opera��o Lava Jato, "fazia contatos pol�ticos para viabilizar reuni�es entre representantes da empresa e o Minist�rio da Sa�de".
Meirelles tamb�m foi preso pela Lava Jato, investiga��o deflagrada em mar�o pela Pol�cia Federal para estancar esquema de lavagem de R$ 10 bilh�es. Na �ltima sexta feira, 4, a Justi�a Federal concedeu liberdade provis�ria ao empres�rio com fian�a estipulada no valor de R$ 200 mil.
Em depoimento � Pol�cia Federal, Meirelles revelou que Youssef � dono da Quality Holding Investimentos e Participa��es e firmou uma promessa de aquisi��o da Labogen, abarcando 80% das a��es. A Labogen, informou, tem um passivo de R$ 24 milh�es.
Segundo ele, desde 2010 o doleiro "j� aportou R$ 3 milh�es na Labogen". Os aportes foram feitos em nome de "Primo". Essa informa��o confirma suspeita da PF no sentido de que o verdadeiro controlador da Labogen � o doleiro. Meirelles n�o indicou, por�m, quem seriam os "contatos pol�ticos" de Youssef dentro da Sa�de.
A Labogen � um laborat�rio de produtos farmac�uticos que, segundo a investiga��o da PF, teria sido favorecida em contrato de R$ 150 milh�es do Minist�rio da Sa�de. A PF suspeita que a Labogen, com folha salarial de apenas R$ 28,8 mil, foi usada de �laranja� pelo doleiro Youssef para que outra empresa assumisse o acordo, fechado em dezembro de 2013, sob amparo de uma Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP). Criada no �mbito da Sa�de, a PDP previa a produ��o de medicamento para tratamento de hipertens�o pulmonar. No dia 26 de mar�o, o Minist�rio da Sa�de suspendeu a parceria.