Bras�lia, 09 - A Comiss�o Externa da C�mara dos Deputados criada para acompanhar as investiga��es sobre o suposto pagamento de propina a funcion�rios da Petrobras pela holandesa SBM Offshore aprovou, na manh� desta quarta-feira, 9, a oitiva do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso na Opera��o Lava Jato da Pol�cia Federal. A oposi��o alegou que � preciso verificar se existe correla��o entre o caso SBM e a opera��o na qual o ex-diretor foi preso.
"A presen�a da comiss�o externa � simb�lica num momento em que a oposi��o est� sendo cerceada no seu direito de instalar uma CPI. A aprova��o dessa oitiva na Superintend�ncia � uma vit�ria parcial da oposi��o", definiu o l�der do SDD, Fernando Francischini (PR), membro titular da comiss�o. Os deputados ainda n�o marcaram a data do depoimento, que dever� acontecer na sede da Superintend�ncia da PF no Paran�.
Francischini destacou que a manobra da oposi��o � para deixar claro que, enquanto o governo conseguiu aprovar na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a do Senado a Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) ampliada da Petrobras, na C�mara a tend�ncia � de "querer investigar os fatos" envolvendo den�ncias contra a estatal. "O governo cochilou e o cachimbo caiu da boca. Se o governo n�o � r�pido, n�s somos", provocou.
Os membros da Comiss�o Externa aprovaram tamb�m convite para que J�lio Faerman, ex-representante da SBM, e seu sucessor, Philippe Levy, venham prestar esclarecimentos sobre o suposto pagamento de US$ 139 milh�es em propina a funcion�rios da Petrobras. O requerimento administrativo para acompanhar as investiga��es na Holanda foi aprovado, mas ainda n�o h� data para a viagem. Os deputados conclu�ram que � preciso "seguir o rastro do dinheiro", principalmente dos US$ 15 milh�es que teriam sido pagos a outros agentes no Brasil, antes de viajar para o exterior. "N�o adianta a gente ir para a Holanda e buscar as mesmas informa��es que est�o na m�dia. Acho que foi uma equa��o bem-feita, deixar aprovada a nossa viagem e ela ser realizada depois de ouvir o J�lio Faerman, que foi o piv�", afirmou Francischini.
Na �ltima quarta-feira, 2, a companhia holandesa reconheceu que fez pagamentos a um agente no Brasil. Em comunicado aos investidores, informou que cerca de US$ 200 milh�es foram pagos em comiss�es a agentes de v�rios pa�ses entre 2007 e 2011. Do total, a maior parte foi destinada ao Brasil. A empresa, entretanto, disse que n�o encontrou evid�ncias de pagamentos indevidos a servidores p�blicos.
Na primeira reuni�o deliberativa da comiss�o, os deputados aprovaram requerimentos que pedem acesso �s investiga��es da Pol�cia Federal e do Minist�rio P�blico Federal, informa��es do Minist�rio de Minas e Energia, acesso � apura��o interna da Petrobras, al�m de reuni�es t�cnicas com a Controladoria Geral da Uni�o (CGU), Tribunal de Constas da Uni�o (TCU) e o acordo de coopera��o t�cnica com a Secretaria de Coopera��o Jur�dica Internacional da Procuradoria Geral da Rep�blica para viabilizar a troca de informa��es com o Minist�rio P�blico da Holanda. Colaborou Bernardo Caram