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Estado de Minas

Costa anotava detalhes de seus neg�cios com empresas


postado em 12/04/2014 15:01

Bras�lia, 12 - Considerado o "homem bomba" por suas conex�es com o mundo pol�tico e neg�cios escusos com a Petrobr�s, o ex-diretor de abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa tinha por h�bito anotar de pr�prio punho todas as informa��es acerca de seus neg�cios. A PF encontrou na casa dele 36 pen drives, al�m de agendas e cadernos que revelam neg�cios suspeitos investigados na Opera��o Lava Jato. Um desses documentos, revelado pelo Bom Dia Brasil da TV Globo na �ltima sexta-feira, registra repasses milion�rios de um suposto esquema que abastecia candidatos, numa esp�cie de mensal�o, e financiava campanhas pol�ticas.

Entre os pap�is, a PF encontrou, conforme reproduzido pela reportagem, uma tabela dividida em tr�s colunas. A primeira com nome de grandes empresas, a segunda com os executivos respons�veis pelas empresas e a terceira, intitulada 'Solu��o', subdividida em frases como: 'Est� disposto a colaborar', 'J� est� colaborando, mas vai intensificar para campanha a pedido de PR' e 'J� teve conversa com candidato e vai colaborar a pedido do PR'. A sigla seria uma refer�ncia a Paulo Roberto, na interpreta��o dos investigadores.

Conforme o Bom Dia Brasil, que teve acesso ao documento, ap�s esse per�odo, a Costa Global, empresa de Paulo Roberto, passou a ter em caixa mais de R$ 4 milh�es, US$ 1 milh�o e 314 mil Euros.

AGENDA

A revista Veja, que come�ou a circular ontem, mostra outro documento apreendido na casa e no escrit�rio de Paulo Roberto, sem identifica��o da fonte dos recursos, em que ele descreve supostos pagamentos ao Partido Progressista (PP) no valor de R$ 28,5 milh�es; sendo que R$ 7,5 milh�es seriam para o diret�rio nacional do partido, conforme entendimento da Pol�cia Federal. Siglas tamb�m indicam, para os investigadores, que recursos foram repassados aos deputados Nelson Meurer (PP-PR) e Jo�o Pizzolati (PP-SC). Os recursos viriam de empresas fornecedoras da Petrobr�s onde Paulo Roberto atuou de 2003 a 2012 por indica��o inicialmente do PP e, mais tarde, do PMDB e PT.

A revista menciona, ainda, os ex-deputados Pedro Henry (PP-MT) e Pedro Corr�a (PP-PE), ambos condenados no esquema do mensal�o. O segundo teria recebido R$ 100 mil do doleiro.

A arrecada��o dos recursos, conforme os documentos da opera��o obtidos pela revista, consistia na "contrata��o" da consultoria de Paulo Roberto por fornecedores da Petrobr�s e, num segundo passo, na lavagem do dinheiro pelo doleiro Alberto Youssef. Ambos est�o presos desde o m�s passado, na superintend�ncia da PF em Curitiba.

As rela��es do doleiro com pol�ticos j� levaram a abertura de pedido de cassa��o de mandato no conselho de �tica da C�mara do deputado Andr� Vargas (PT-PR). Di�logos mostram rela��o estreita entre os dois e atua��o no Minist�rio da Sa�de.

Paulo Roberto dever� ser ouvido nos pr�ximos dias pela comiss�o externa da C�mara que acompanha as investiga��es sobre irregularidades na Petrobr�s. A comiss�o, contudo, n�o tem poderes para aprofundar as apura��es do caso. Nas pr�ximas semanas, o Supremo Tribunal Federal (STF) ir� decidir se o Congresso tem direito a criar uma CPI exclusiva para investigar a Petrobr�s.


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