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Estado de Minas

Decis�o sobre cassa��o do deputado Andr� Vargas sair� antes da Copa, diz relator

J�lio Delgado (PSB-MG), que investiga as rela��es do deputado Andr� Vargas (PT) com doleiro preso, acredita que volta do parlamentar � C�mara n�o vai interferir no trabalho do conselho


postado em 14/04/2014 06:00 / atualizado em 14/04/2014 07:47

Juliana Ferreira

A volta do deputado Andr� Vargas (PT-PR) � C�mara ap�s a semana santa n�o preocupa o Conselho de �tica, que investiga as rela��es do parlamentar com o doleiro Alberto Youssef, preso na Opera��o Lava a Jato, da Pol�cia Federal, suspeito de participa��o em um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo a Petrobras. Relator do caso que apura se Vargas cometeu quebra de decoro parlamentar, o deputado J�lio Delgado (PSB-MG) afirmou ontem que o petista ter desistido da licen�a de 60 dias n�o atrapalhar� seu trabalho. Pelo contr�rio. Delgado disse que “a presen�a dele pode at� ajudar a comiss�o a elucidar pontos que ainda est�o na n�voa”. “Acho que ele est� voltando para fazer sua defesa e temos que respeitar isso. N�s vamos continuar nosso trabalho”, completou. O relator apresentar� na pr�xima segunda-feira um parecer para vota��o de admissibilidade do processo, que s� come�ar� a tramitar se aprovado pelo conselho. “H� ind�cios de quebra de decoro e elementos suficientes para sustentar a investiga��o.”

Delgado espera que a presen�a de Vargas na C�mara n�o iniba a discuss�o entre os parlamentares. “Se estiver voltando para esclarecer, bom. Estou sendo muito cobrado a respeito de ir a fundo. Estou sentindo isso nas ruas depois de ter sido designado relator.” Ele pretende ler o relat�rio final antes da Copa do Mundo, quando far� a recomenda��o de uma puni��o, que pode ser uma advert�ncia por escrito, a suspens�o tempor�ria do mandato ou a cassa��o. O deputado, que tamb�m foi relator na a��o que cassou Jos� Dirceu (PT-SP), diz que a principal mudan�a em rela��o a 2005 � a ado��o da vota��o aberta. “No Dirceu, o voto era secreto. Tive que convencer os pares dos entendimentos. Agora, no plen�rio, o voto � aberto. Todos v�o saber como cada um votou”, explicou.

O processo contra Vargas foi aberto ap�s uma representa��o feita pela oposi��o. PSDB, DEM e PPS pedem que ele seja investigado por ter usado um jatinho alugado pelo doleiro Youssef. O deputado era vice-presidente da C�mara e renunciou ao cargo, al�m de anunciar afastamento de dois meses do mandato. No entanto, na �ltima sexta-feira, mudou de posi��o e postou em uma rede social que se “defender� de cabe�a erguida”. Em entrevistas ap�s a mudan�a de postura, afirmou que provar� sua inoc�ncia. “A verdade prevalecer�. Ainda n�o tive o direito � defesa, mas, adianto, vou exerc�-lo na plenitude. A casa vai cair para alguns”, alertou o deputado, que volta � C�mara no dia da vota��o no Conselho de �tica.

At� l�, a expectativa � que o plen�rio do Senado j� tenha se pronunciado sobre a instala��o de uma CPI exclusiva da Petrobras, o que est� marcado para amanh�. A Opera��o Lava a Jato investiga lavagem de dinheiro em diversos estados do Brasil. Segundo a Pol�cia Federal, Youssef comandou um esquema que movimentou R$ 10 bilh�es. O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa tamb�m foi indiciado sob suspeita de ter favorecido o doleiro em uma negocia��o, auxiliando em um contrato de R$ 200 milh�es com a estatal por meio de uma empresa de fachada.

Esclarecimentos

A presidente da Petrobras, Gra�a Foster, confirmou que ir� ao Senado amanh� para falar sobre as den�ncias que envolvem a estatal, como a pol�mica compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Ela responder� a questionamentos em uma audi�ncia p�blica em conjunto das comiss�es de Assuntos Econ�micos, do Meio Ambiente, de Defesa do Consumidor e de Fiscaliza��o e Controle. Presidente da Comiss�o de Assuntos Econ�micos, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou que Foster demonstrou interesse em prestar esclarecimentos. “Tomei a iniciativa de organizar a audi�ncia depois de falar com a presidente da Petrobras, que manifestou a vontade de conversar com os senadores", informou.


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