Rio de Janeiro, 14 - Sindicatos de trabalhadores, incluindo petroleiros, entraram nesta segunda-feira na batalha pol�tica em torno da Petrobras, em ato realizado na sede da estatal, no centro do Rio. Com apitos, bandeiras e cartazes, diferentes frentes sindicais ligadas ao governo e � oposi��o fizeram uma batalha de argumentos contra e a favor da CPI proposta no Congresso para investigar as den�ncias de corrup��o na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.
O ato foi convocado pela For�a Sindical, ligada ao deputado Paulinho da For�a, do Solidariedade. O parlamentar, que j� foi presidente do sindicato, apoia o pr�-candidato tucano � Presid�ncia, A�cio Neves, principal articulador da CPI. Cerca de 150 manifestantes participaram do ato com faixas contr�rias ao governo Dilma. Na �poca da compra da refinaria de Pasadena, ela era presidente do Conselho de Administra��o da Petrobras. Em nota ao jornal
O Estado de S. Paulo
, Dilma afirmou no m�s passado que deu aval � compra com base num "relat�rio falho" sobre o contrato.
Integrantes com camisas do partido Solidariedade filmavam o evento, mas negaram qualquer inten��o partid�ria. "Estamos aqui para pedir um basta na corrup��o na Petrobras, que est� sendo usada com fins pol�ticos. Acreditamos que o Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir por uma CPI exclusiva da Petrobras", afirmou Francisco Dalpra, presidente da For�a Sindical no Rio.
Antes, um grupo de sindicalistas da Central �nica do Trabalhador (CUT) e da Federa��o �nica dos Petroleiros (FUP), com apoio de estudantes, deu um abra�o simb�lico ao pr�dio contra o que chamaram de "ataque especulativo" contra a Petrobras. Eles criticaram a oposi��o e a instala��o da CPI. O integrante do Conselho de Administra��o da estatal, Silvio Sinedino, acompanhou o ato. "Uma CPI agora tem objetivo claramente eleitoral para enfraquecer a empresa junto ao mercado internacional e ao governo. N�s estamos aqui para defender a empresa desse ataque, que em �ltima inst�ncia visa a privatiza��o da Petrobras", argumentou o diretor da FUP, Paulo C�zar.