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Estado de Minas

Consultorias eram tr�fico de influ�ncia, suspeita PF


postado em 15/04/2014 08:49 / atualizado em 15/04/2014 09:00

A Pol�cia Federal rastreia consultorias milion�rias que o engenheiro e ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa - alvo da Opera��o Lava Jato - fechou com empresas contratadas pela estatal. A PF suspeita que Costa exerceu tr�fico de influ�ncia na Petrobras e abriu as portas para empresas �s quais ele pr�prio prestava assessoria.

Os investigadores trabalham com a hip�tese de que o ex-diretor, associado ao doleiro Alberto Youssef, o Primo, suposto operador de um esquema de lavagem de dinheiro, destinava parte das comiss�es que recebia a t�tulo de consultoria para custear campanhas eleitorais.

Documentos recolhidos na primeira etapa da miss�o e a intercepta��o de e-mails de Youssef refor�am a suspeita de que a organiza��o por eles integrada repassava valores para deputados e partidos pol�ticos, entre os quais o PP e o PMDB. A Lava Jato foi desencadeada dia 17 de mar�o para estancar lavagem de R$ 10 bilh�es, segundo estimativa da PF. Youssef e Costa est�o presos em car�ter preventivo.

O elo do executivo com as empresas foi revelado pelo programa Fant�stico, da Rede Globo. Est�o sob an�lise dos investigadores pelo menos 19 contratos firmados entre 4 de setembro de 2012 e 17 de janeiro de 2013 pela Costa Global Consultoria, que pertence a Costa.

Planilhas encontradas na casa de Costa mostram que 6 contratos foram firmados pela Petrobras com a Astromar�tima Navega��o S/A em outubro de 2013 no valor atualizado de R$ 490 milh�es. Os investigadores suspeitam que ele teria recebido comiss�o de 50% sobre o valor de cada contrato de afretamento de embarca��es. Costa lan�ou em planilha intitulada "posi��o dos neg�cios Costa Global" o nome Astromar�tima e as condi��es por sua participa��o - "contratos remunerados mensalmente mais a success fee (taxa de sucesso)".

Sobre o contrato com a Astromar�tima, o ex-diretor da Petrobr�s anotou "validade de 2 anos, e ganho de 5% do valor bruto e mais 50%". Os peritos da PF avaliam que a empresa pagaria comiss�o at� o limite de R$ 110 milh�es e mais 50% sobre o montante que superasse esse valor.

Frigor�fico

A Astromar�tima esclareceu que Costa tentou levar o controlador do frigor�fico JBS (J&F) para investir na empresa. J&F e Astromar�tima disseram que foram procurados por ele. As empresas fizeram uma reuni�o, mas n�o houve interesse do controlador do frigor�fico em fazer o investimento. O ex-diretor da estatal chegou a assinar um pr�-contrato de "intermedia��o de neg�cios" com a Astromar�tima. O executivo cobraria, se o acordo fosse adiante, 5% de comiss�o - a "success fee".

Caso o J&F pagasse mais que os R$ 110 milh�es que a empresa calculou valer, Costa receberia 50% de comiss�o sobre o excedente. O pr�-acordo foi assinado em 13 de novembro de 2012, sete meses depois de Costa ser demitido da Petrobr�s. Alcir Bourbon, s�cio da Astromar�tima, mostra o documento que previa a compra das a��es da Astromar�tima, e n�o contratos com a petroleira. "Era uma proposta de investimento, n�o tinha nada a ver com a Petrobr�s e sequer foi adiante. H� 30 anos prestamos servi�o para a Petrobras e todos os nossos contratos foram fruto de licita��o. S�o neg�cios que n�o est�o sujeitos � influ�ncia de ningu�m."

O advogado Fernando Fernandes, que defende Costa, negou que a comiss�o atingisse o montante sugerido pela PF, mas apenas 7,5%. A Petrobr�s informou que mant�m contratos com a Astromar�tima desde os anos 1980.


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