
Em discurso no Conselho de Desenvolvimento Econ�mico e Social (CDES), a presidente Dilma Rousseff disse que o governo federal, at� ent�o, nunca havia investido regularmente em mobilidade urbana. Ela explicou que o tema se tornou uma das prioridades e ganhou projetos e verbas entre o fim do mandado do presidente Luiz In�cio Lula da Silva e o in�cio do seu. "Nunca o governo federal investiu de forma sistem�tica em mobilidade urbana. N�o tinha essa determina��o em nenhuma inst�ncia do governo", afirmou.
"Fizemos um grande esfor�o nesse sentido, mas n�o t�nhamos recursos suficientes, algo em torno de R$ 5 bilh�es. Quando assumi n�s resolvemos construir um programa de mobilidade urbana. Pela primeira vez o governo entrava nessa quest�o e destinamos R$ 93 bilh�es." Para a presidente, o Pa�s tem de ter metr� e um transporte p�blico integrado, que permita ao passageiro usar uma �nica passagem para se deslocar pelos per�metros urbanos. Dilma foi aplaudida quando falou que o Brasil pode sim ter metr�. "N�o se sei se voc� sabe mas eu sei que se dizia em 1980 que metr� n�o era para n�s porque n�o temos dinheiro. Eu reafirmo, metr� tem de ser para n�s."
Dilma ainda explicou que os projetos ser�o bancados por uma engenharia financeira que envolve recursos do Or�amento, parcerias p�blico privadas e financiamentos com prazos de 30 anos e juros subsidiados. A presidente ainda afirmou que as obras est�o ocorrendo e quem quiser pode ir �s capitais e cidades para v�-las. Segundo ela, o governo federal mant�m o di�logo com prefeitos e governadores, que t�m uma vis�o "mais realista" das necessidades locais de transporte.
A presidente tamb�m destacou que o governo federal est� aumentando o n�mero de estudantes nos cursos de medicina e que a meta � criar 11,4 mil novas vagas at� 2017. "Isso � estrat�gico ... para que a gente tenha volume de m�dicos necess�rio. Vamos chegar ao fim deste ano com, durante o meu governo, mais de 6 mil vagas criadas em cursos de medicina", disse a presidente em discurso no Conselh�o.
Dilma afirmou que, no �mbito do Programa Mais M�dicos, o governo levou profissionais a 3.866 munic�pios brasileiros. "Trouxemos 14 mil m�dicos e demos cobertura a 49 milh�es de pessoas. Tinha gente que n�o tinha m�dico sistematicamente perto dela", disse. "Quando voc� cria essa rede em postos de sa�de, voc� diminui filas nos hospitais." A presidente reconheceu que ainda tem "muita coisa a avan�ar" na sa�de. "Temos que levar em conta sistema privado de sa�de e ver como pode ser complementar, da maneira mais criativa poss�vel. Isso requer discuss�o. "
A presidente defendeu tamb�m os gastos de custeio na �rea da educa��o. "Sabe aquele neg�cio que n�o pode gastar em custeio? Teremos que gastar sim. Teremos que pagar bem o professor", disse. "N�o se faz educa��o de qualidade sem dinheiro."
Dilma afirmou que o pacto primordial da educa��o � um professor bem capacitado e com um bom sal�rio. Segundo ela, a verba tem que sair dos royalties do petr�leo destinados a essa �rea. "O status social do professor no Brasil tem que se elevar. Professor tem que ser considerado elemento essencial no nosso pa�s." A presidente defendeu, ainda, aten��o especial para a educa��o infantil. "Sabemos que se n�o tiver educa��o infantil n�o superamos duas coisas: tanto a pobreza extrema quanto o diferencial da nossa educa��o e a dos pa�ses mais desenvolvidos", disse. "Uma crian�a que deixamos n�o ser alfabetizada na idade certa � uma crian�a com d�ficit."