Bras�lia, 16 - O ex-diretor da Petrobras Nestor Cerver� admitiu nesta quarta-feira que pode ter ocorrido "equ�vocos" na condu��o do processo de compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), pela Petrobras. Mas reafirmou que n�o considera a opera��o malfadada. "� muito pesada a palavra malfadada de um projeto que n�o foi aprovado de um dia para o outro", afirmou.
Cerver� disse que, se a demiss�o dele do cargo de diretor da �rea financeira da BR Distribuidora tivesse ocorrido por causa de Pasadena, ela teria de ser realizada h� sete ou oito anos.
Ele afirmou tamb�m que n�o se sente "rebaixado" por ter seguido para a diretoria financeira da BR Distribuidora ap�s deixar a dire��o da estatal. "Eu n�o fui rebaixado, eu fui substitu�do, que � um processo normal na Petrobras", afirmou ele, ao destacar que a mudan�a � uma quest�o de "conveni�ncia" da administra��o. Ontem, a presidente da Petrobras, Maria das Gra�as Foster, disse que ele foi "rebaixado" por ter omitido informa��es da compra da refinaria de Pasadena.
Cerver� disse que ficou no posto de diretor internacional da Petrobras entre 2003 e 2008. "N�o houve nenhuma puni��o, inclusive, na minha sa�da, est� registrada na ata do conselho uma s�rie de elogios para a �rea internacional", destacou.
Segundo o ex-diretor, a diretoria da BR Distribuidora tamb�m � de destaque. "� praticamente igual, o sal�rio � praticamente igual ao do diretor da Petrobras", afirmou. Cerver� disse ter ocupado a diretoria financeira da subsidi�ria por seis anos e, no ano passado, houve um lucro de US$ 1 bilh�o. Ele afirmou que a BR � a segunda maior empresa do Pa�s, atr�s apenas da pr�pria Petrobras.
Cerver� inicialmente preferiu se abster de dar uma opini�o sobre o parecer dado pelo procurador do Minist�rio P�blico junto ao Tribunal de Contas da Uni�o Marinus Marsico, que questionou a opera��o de Pasadena. Mas, segundo Cerver�, o procurador n�o conhece os fatos.