(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Ex-diretor da Petrobras, Cerver� contradiz Dilma

Ex-diretor da Petrobras minimiza cl�usulas do contrato de compra da Refinaria de Pasadena criticadas pela presidente e diz que neg�cio foi bom. Desencontros refor�am defesa de CPI


postado em 17/04/2014 06:00 / atualizado em 17/04/2014 07:47

Bras�lia – Apontado como o respons�vel pelo “parecer falho” que fundamentou a decis�o da presidente Dilma Rousseff na compra da Refinaria de Pasadena, no Texas, em 2006, quando ela presidia o Conselho de Administra��o da Petrobras, o ex-diretor da �rea Internacional da estatal Nestor Cerver� minimizou ontem a import�ncia das cl�usulas put option e marlim, omitidas no resumo. Em cinco horas de depoimento na Comiss�o de Fiscaliza��o Financeira e Controle da C�mara dos Deputados, Cerver� falou sobre a aquisi��o, que causou preju�zos � empresa brasileira.


“As cl�usulas n�o t�m representatividade no neg�cio, n�o eram importantes do ponto de vista negocial e da valoriza��o do neg�cio”, enfatizou Cerver�, logo na primeira resposta aos deputados. O ex-diretor considerou comuns no mercado econ�mico cl�usulas que obrigam uma das partes a comprar a outra em caso de desacordo entre s�cios e refor�ou que elas est�o presentes na maioria dos contratos da estatal. Em seguida, ele confirmou que os dois itens n�o constavam no resumo executivo de uma p�gina e meia enviado ao Conselho de Administra��o da Petrobras, em 2006.


O depoimento do ex-diretor contradiz o posicionamento da presidente Dilma Rousseff. Em nota enviada ao jornal Estado de S.Paulo, em mar�o, Dilma – que comandava o conselho quando o neg�cio foi fechado – reconheceu ter se baseado em “resumo t�cnico e juridicamente falho, pois omitia qualquer refer�ncia �s cl�usulas marlim e put option que integravam o contrato e que, se conhecidas, seguramente n�o seriam aprovadas”.


Cerver� rebateu a declara��o e disse que encaminhou ao colegiado toda a “documenta��o necess�ria” para embasar a compra da refinaria, incluindo duas cl�usulas questionadas por Dilma. Ele disse n�o se lembrar, por�m, se a presidente chegou a tomar conhecimento dos pontos. “� praxe que toda documenta��o seja encaminhada ao conselho, mas isso cabe � diretoria, n�o a mim.” Ele afirmou ainda que “n�o houve nenhuma inten��o de enganar ningu�m”. E completou: “A posi��o (sobre a compra) n�o � s� minha, � da diretoria, e o conselho aprovou esse projeto”, disse Cerver�, que 10 dias depois da resposta de Dilma foi demitido da dire��o da BR Distribuidora.


As explica��es na C�mara n�o foram suficientes para arrefecer os �nimos dos deputados da oposi��o por instalar uma comiss�o parlamentar de inqu�rito (CPI) que investigue as contradi��es dessa compra. Insatisfeita, a oposi��o pressionou por uma “verdade”, considerando os desencontros entre os depoimentos de Cerver� e da presidente da Petrobras, Gra�as Foster, ouvida na ter�a-feira, na Comiss�o de Assuntos Econ�micos do Senado. Gra�a Foster alegou que a compra foi um “mau neg�cio”. Mas Cerver� rebateu que “o faria de novo caso estivesse nas mesmas condi��es”.


Para o l�der do DEM na C�mara, deputado Mendon�a Filho (PE), as contradi��es refor�am a necessidade de apurar o caso Pasadena. “As verdades s�o contradit�rias. H� uma vers�o dada pela presidente Dilma e outra pelo ex-diretor Cerver�. Uma das duas tem de ser verdade, um dos dois tem de estar mentindo”, disse. Ontem, os deputados tamb�m decidiram fazer um requerimento para convocar o ministro de Minas e Energia, Edison Lob�o, para prestar esclarecimentos na comiss�o.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)