
O deputado federal Andr� Vargas ganhou mais tempo antes que o processo na Comiss�o de �tica e Decoro Parlamentar seja instaurado. Ap�s a leitura do parecer do relator na comiss�o, deputado J�lio Delgado (PSB/MG), que pediu a continuidade do inqu�rito, o deputado Z� Geraldo (PT-PA) pediu vista do processo. Com o pedido, o Conselho adiou a vota��o do parecer por duas sess�es do Plen�rio. O pedido de vista foi subscrito pelo deputado Jos� Carlos Ara�jo (PSD-PA). Com a manobra regimental, a discuss�o sobre a admissibilidade do processo contra Vargas deve ocorrer apenas no dia 29.
A data foi estabelecida pelo presidente da comiss�o, Ricardo Izar (PSD-SP), ap�s conceder o pedido de vista coletiva. Ao deixar a comiss�o, Z� Geraldo admitiu que atendeu a um requerimento do deputado licenciado do PT do Paran� para protelar a discuss�o sobre o parece preliminar. "A situa��o do Andr� n�o � confort�vel. Ele est� querendo esse tempo e esse tempo est� sendo dado a ele", afirmou. Ainda segundo o parlamentar, a situa��o do colega n�o � “confort�vel” nem para o partido e nem para a bancada.
J� J�lio Delgado – relator do caso -, argumentou, durante a defesa, que o processo deve continuar porque h� provas suficientes da participa��o de Vargas. "H� reportagens que relacionam a ele os fatos narrados, e, ao menos em tese, o fornecimento de informa��es privilegiadas e a intermedia��o de interesses de terceiro junto ao minist�rio. Isso,aliada a recebimento de vantagens, podem constituir ato incompat�vel ao decoro parlamentar" afirmou Delgado, durante a leitura do documento.
O Conselho de �tica e Decoro Parlamentar investiga a rela��o entre o deputado licenciado e o doleiro Alberto Yousseff, preso na Opera��o Lava-Jato, da Pol�cia Federal (PF). Vargas tamb�m � alvo de um outro processo disciplinar no Conselho de �tica do PT, que tamb�m dever� investigar sobre o mesmo tema. Desde que foi revelado que ele teria usado um jato emprestado pelo por Yousseff, integrantes da c�pula do partido querem que o deputado renuncie ao mandato. A iniciativa serviria para "estancar o sangramento" de Vargas e da legenda num momento pr�-eleitoral.
O deputado chegou a sinalizar que abriria m�o do cargo na semana passada, mas, ap�s recuar, passou a ser alvo de fortes cr�ticas de integrantes da executiva nacional da sigla. "A ren�ncia � uma decis�o pessoal. Nem eu, nem o PT podemos obrig�-lo. Mas seria bom para ele se o fizesse. E agora", afirmou na sexta-feira, 18, o presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falc�o (SP).
Com Ag�ncia Estado e C�mara