Duas semanas depois de uma dissid�ncia do PMDB no Rio de Janeiro se aproximar do candidato do PSDB � Presid�ncia da Rep�blica, A�cio Neves, o tucano recebe na noite desta sexta-feira, 25, o apoio do PSD-RJ. Embora o presidente nacional do PSD, o ex-prefeito de S�o Paulo Geraldo Kassab, tenha se comprometido com o apoio do partido � reelei��o de Dilma Rousseff, o PSD fluminense j� trabalha pela chapa "Aez�o", que re�ne A�cio e o governador Luiz Fernando Pez�o (PMDB), que em outubro disputar� o segundo mandato.
O apoio do PSD-RJ a A�cio � o mais expl�cito, mas n�o � o �nico. Em Minas Gerais, Paran�, Goi�s e Par�, o partido tamb�m dever� apoiar o tucano. Em Pernambuco, o PSD ficar� com Eduardo Campos, candidato do PSB � Presid�ncia.
"No nosso caso, n�o se trata de uma dissid�ncia. Respeitamos a decis�o nacional e o partido entende que h� quest�es regionais. A op��o da grande maioria do partido no Rio e minha tamb�m, at� pela minha hist�ria, � de apoio a A�cio", diz o presidente do PSD fluminense, o ex-deputado Indio da Costa, candidato a vice-presidente na chapa do tucano Jos� Serra em 2010.
Indio � anfitri�o do jantar, em um hotel no Leblon (zona sul), que reunir� vinte parlamentares, prefeitos e outros l�deres do partido no Estado. "Estamos trabalhando na chapa Aez�o, respeitando a proximidade do governador Pez�o com o PT nacional. O PSD trabalha por A�cio e Pez�o", afirma Indio, referindo-se ao fato de que Pez�o e seu antecessor, S�rgio Cabral, manifestaram apoio a Dilma. "O PSD nacional nos liberou para apoiar o senador A�cio Neves. Agora estamos ocupados em construir no Estado um palanque que unifique as for�as em torno do nome de A�cio. Quem coordena majoritariamente a forma��o desse palanque � o PMDB e n�s damos suporte", disse o deputado Arolde de Oliveira, vice-presidente do PSD-RJ. O diret�rio fluminense espera indicar o candidato ao Senado ou a vice-governador na chapa de Pez�o.
"O PSD tem posi��o de apoio a Dilma, mas existem situa��es espec�ficas em cada um dos Estados. Minha linha � ficar com o partido, com a presidente Dilma", diz o secret�rio-geral do PSD nacional, ex-deputado Saulo Queiroz.
L�der do governo Pez�o na Assembleia Legislativa, o deputado Andr� Corr�a, secret�rio-geral do PSD-RJ, pretende, no jantar, cobrar que o PSDB entre formalmente na coliga��o de Pez�o. Os tucanos do Rio resistem � alian�a formal, porque fizeram oposi��o a Cabral durante sete anos, mas t�m interesse no apoio do PMDB. "O projeto nacional � a nossa prioridade", diz o deputado Ot�vio Leite (PSDB-RJ). "A�cio � quem conduzir� o processo", reitera o presidente do PSDB-RJ, Luiz Paulo Corr�a da Rocha.
"Vamos discutir a melhor forma de participar do projeto Aez�o. Para que a parceria possa se desenvolver com naturalidade � fundamental que o PSDB fa�a parte da coliga��o, que a alian�a exista inclusive juridicamente, de fato e de direito. A quest�o pol�tica � primordial, mas tem tamb�m a quest�o pr�tica para fazer a campanha de A�cio e Pez�o. Temos que pensar em coisas como material de campanha, mobilidade dos candidatos", diz Corr�a.
No Rio, al�m de parte do PMDB e do PSD, outros partidos da base de Dilma e de Pez�o, como PTB e PP, t�m conversado com os tucanos sobre alian�a em torno de A�cio. Liderado pelo presidente do PMDB-RJ, Jorge Picciani, o grupo pr� A�cio se formou depois que o PT decidiu lan�ar o senador Lindbergh Farias candidato ao governo do Estado. Picciani argumentou que os peemedebistas n�o aceitariam palanque duplo para a presidente. Agora, o dirigente defende que o palanque de Pez�o seja aberto a A�cio, a Dilma e ao Pastor Everaldo, candidato do PSC � Presid�ncia. "A tese do palanque �nico est� vencida, n�o se fala mais nisso", justifica Picciani.