Lideran�as peemedebistas fecharam quest�o em torno da atua��o na CPI da Petrobras e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), deve desistir de recorrer ao plen�rio do Supremo Tribunal Federal. Na avalia��o da c�pula do partido, o desgaste de questionar a decis�o da ministra Rosa Weber, que determinou a imediata instala��o da comiss�o, foi empurrada para "a conta" do partido. O pr�prio PT, da presidente Dilma Rousseff, desistiu de apelar ao STF para tentar inviabilizar as investiga��es.
A prov�vel mudan�a de rota na estrat�gia de Renan vai de encontro ao que j� havia sido acordado entre os correligion�rios em uma sequ�ncia de jantares nas �ltimas semanas. "Entrar com recurso no pleno para qu�?", questionou o l�der peemedebista no Senado, Eun�cio Oliveira (CE), um dos que ligou para o presidente do Senado para lhe dizer que "ele havia se precipitado" ao distribuir a nota sobre o recurso.
Renan retorna nesta segunda-feira, 28, ao Brasil e na ter�a-feira, 29, assim que reassumir os trabalhos no Senado, vai reunir os membros da Mesa Diretora para falar sobre a desist�ncia do recurso. A reuni�o, contudo, visa evitar mais desgastes, tirando do presidente do Senado a responsabilidade integral e deixando a decis�o para o colegiado.
Na avalia��o de um l�der peemedebista, embora Renan seja o citado pela liminar do Supremo, por ser o presidente do Senado, o custo pol�tico de questionar a instala��o da CPI da Petrobras seria compartilhado pelo PMDB como um todo.
Na semana passada, ap�s receber a not�cia de que Rosa Weber decidiu a favor da CPI para investigar exclusivamente as den�ncias contra a Petrobras, como defendia a oposi��o, o Pal�cio do Planalto acionou os l�deres da base aliada. A orienta��o foi que o PT n�o recorreria. Pesquisas internas mostram que a avalia��o de Dilma j� sofre desgaste por causa da CPI. O recurso caberia a Renan, como presidente do Senado, numa tentativa de institucionalizar a manobra.
Copa
Para tentar blindar a presidente, os governistas v�o dar prioridade � indica��o de parlamentares fi�is ao Planalto. PT e PMDB t�m direito cada um a 4 das 13 vagas da CPI, enquanto o PSDB ter� 2 nomes e o DEM, 1. Al�m disso, a aposta � que a proximidade da Copa do Mundo, que come�a em 12 de junho, reduzir� os holofotes sobre a investiga��o no Congresso.
A oposi��o agora quer tentar instalar uma CPI mista, incorporando deputados � investiga��o. "A CPMI tem um peso pol�tico novo. N�o podemos desprezar o apoio de 230 deputados", justificou o l�der do PSDB no Senado, Aloysio Nunes (SP).
Para tentar brecar a CPMI, mais amea�adora ao governo, a base vai argumentar que a decis�o de Rosa Weber se ateve ao processo no Senado. "O que foi decidido pelo Supremo foi a CPI do Senado. N�o vamos aguardar o STF receber uma a��o de CPMI. Vamos tocar essa que j� est� apresentada", disse o l�der do PT, Humberto Costa (PE).
Tucanos e democratas v�o destacar que a CPI mista j� cumpriu os crit�rios regimentais exigidos e que n�o h� argumento jur�dico que impe�a os deputados de participarem da investiga��o. A lideran�a do DEM na C�mara cogita levar a quest�o mais uma vez ao Supremo, caso Renan, que tamb�m � o presidente do Congresso, opte pela CPI restrita a 13 senadores.