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Estado de Minas

Exposi��o pol�tica fez estatal buscar s�cio em refinaria


postado em 28/04/2014 14:02

Bras�lia, 28 - Documentos confidenciais da Petrobras obtidos pelo jornal

O Estado de S. Paulo

indicam que a estatal pretendia incluir um s�cio na compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), com o objetivo de "camuflar" a extens�o da transa��o em solo estrangeiro e evitar uma contradi��o com o discurso nacionalista do ent�o presidente Luiz In�cio Lula da Silva em rela��o aos neg�cios da estatal. O texto n�o menciona se a entrada de um parceiro - a japonesa Mitsui & Co. - na opera��o seria economicamente vantajosa para a empresa brasileira.

O texto de 11 p�ginas foi assinado por Luis Carlos Moreira da Silva, gerente executivo internacional de Desenvolvimento de Neg�cios da Petrobras. O documento data de 2005, um ano antes da efetiva��o da compra da primeira metade de Pasadena pela estatal brasileira, e � tratado como "confidencial". Procurada, a Petrobras disse que n�o comentar� o assunto.

"A participa��o da Mitsui nesta aquisi��o, ou outro s�cio financeiro, visa reduzir a exposi��o pol�tica da Petrobras com a aquisi��o de ativos de refino no exterior, enquanto existe um apelo interno para a constru��o de novas refinarias do Brasil", diz o documento.

De acordo com a exposi��o realizada pela Diretoria Internacional da estatal, independentemente de ser ou n�o mais vantajoso para a Petrobras dividir a compra da refinaria com um s�cio, essa condi��o era vista como fundamental sob o ponto de vista pol�tico.

Em 2002, o ent�o candidato do PT come�ou sua campanha � Presid�ncia criticando a gest�o da Petrobras, na �poca sob comando do PSDB, por fazer encomendas de petroleiros e plataformas a estaleiros estrangeiros. Lula citou uma concorr�ncia para constru��o de um navio em Cingapura e prometeu que, em seu governo, daria prefer�ncia a investimentos e encomendas da Petrobras em solo brasileiro.

Na campanha seguinte, quando a Petrobras comprou a participa��o em Pasadena com base em um plano de investimentos elaborado desde a gest�o tucana, o ent�o presidente candidato � reelei��o atacou a oposi��o dizendo que o PSDB privatizaria a Petrobras.

Oferta

Os executivos da Petrobras ofereceram a parceria � Mitsui em julho de 2005, quando a ideia era adquirir 70% das a��es de Pasadena. Os japoneses enviaram uma carta demonstrando interesse em participar do neg�cio. No documento, ao qual o 'Estado' tamb�m teve acesso, a Mitsui disse que j� haviam "firmado parcerias anteriores com a Petrobras envolvendo valores que passaram dos US$ 5 bilh�es".

A parceria n�o avan�ou porque a Astra Oil, dona de 100% da refinaria texana, concordou em vender apenas 50% de sua participa��o. Foi essa a cota comprada pela Petrobras em 2006, opera��o que, seis anos depois, se completou com a compra da metade restante, ao custo total de US$ 1,18 bilh�o. No �ltimo dia 15, em audi�ncia no Senado, a atual presidente da estatal, Gra�a Foster, reconheceu que a compra "n�o foi um bom neg�cio".

A pr�pria presidente Dilma Rousseff, em resposta � reportagem do 'Estado' em mar�o, afirmou que s� aprovou a compra de 50% de Pasadena em 2006, quando era ministra da Casa Civil e comandava o Conselho de Administra��o da Petrobras, por ter recebido um resumo t�cnico "falho" e "incompleto".

A aquisi��o da refinaria � investigada por Pol�cia Federal, Tribunal de Contas da Uni�o (TCU), Minist�rio P�blico e Congresso por suspeita de superfaturamento e evas�o de divisas. O conselho da Petrobras autorizou, com apoio de Dilma, a compra de 50% da refinaria e de estoques de petr�leo por US$ 360 milh�es. Posteriormente, por causa de cl�usulas do contrato, ela foi obrigada a ficar com 100% da unidade, ap�s longa disputa judicial.

Apesar de n�o ter vingado a sociedade com a Petrobras em Pasadena, a Mitsui mant�m outros neg�cios com estatais brasileiras no Pa�s. Os japoneses atuam nas obras da Hidrel�trica de Jirau, em Rond�nia, cujo custo passou de R$ 9 bilh�es para R$ 17,4 bilh�es. Nesse cons�rcio, a Mitsui � s�cia da GDF Suez e das estatais Chesf e Eletrosul, do Grupo Eletrobras. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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