Rio, 29 - Testemunha do atentado do Riocentro em 1981, o corretor de im�veis M�rcio Pimentel dep�s nesta ter�a-feira, 29, � Comiss�o da Verdade no Rio. Ele desmontou a vers�o do ent�o capit�o Wilson Machado de que o Puma em que estava com o sargento Guilherme do Ros�rio explodiu porque uma granada foi jogada por um opositor do regime militar. Pimentel disse � CNV ter sofrido amea�as h� tr�s anos, quando quebrou o sil�ncio que mantinha desde 1981 e tamb�m que foi oferecida pelo governo do Rio a possibilidade de ter seguran�a pessoal por causa disso. "Se queriam matar 27 mil pessoas, podem matar um. Eu n�o sabia que o crime n�o estava prescrito e por isso falei. At� hoje tomo cuidados com minha seguran�a", afirmou Pimentel, que tem 52 anos.
Malh�es
O coordenador da Comiss�o Nacional da Verdade, Pedro Dallari, disse que a CNV n�o tem posi��o sobre as circunst�ncias da morte do coronel da reserva do Ex�rcito Paulo Malh�es, na quinta-feira, 24, em Nova Igua�u, na Baixada Fluminense. Malh�es prestou depoimento em mar�o � CNV, confirmando participa��o em atos de tortura durante a ditadura militar, quando era integrante do Centro do Informa��o do Ex�rcito (CIE). "N�o temos uma opini�o sobre o que ocorreu. Estamos na expectativa de que sejam apresentadas as conclus�es da investiga��o. O que queremos � que n�o se afaste a hip�tese de que ele tenha morrido em decorr�ncia do depoimento � CNV", disse Dallari. "N�o posso prever qual ser� o desdobramento disso para a comiss�o", afirmou, sobre a poss�vel recusa de novos depoentes a se apresentar, sob alega��o de risco de vida.