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Estado de Minas

A�cio e Campos v�o ao palanque sindical

A�cio Neves e Eduardo Campos subir�o nesta quinta-feira no palanque da comemora��o do Dia do Trabalho em S�o Paulo com vis�es diferentes sobre a pauta trabalhista


postado em 01/05/2014 08:31 / atualizado em 01/05/2014 08:56

S�o Paulo - No momento em que travam uma disputa acirrada pelo apoio de dirigentes industriais e do mercado financeiro e falam em adotar medidas duras na economia para combater a infla��o, os dois principais candidatos de oposi��o a presidente Dilma Rousseff (PT), o senador A�cio Neves (PSDB) e o ex-governador Eduardo Campos (PSB), subir�o nesta quinta-feira no palanque da comemora��o do Dia do Trabalho em S�o Paulo com vis�es diferentes sobre a pauta trabalhista.

O tucano e seus aliados falam abertamente em flexibilizar a Consolida��o das Leis Trabalhistas (CLT) em alguns setores da economia, como o turismo e o agroneg�cio, a fim de combater a informalidade. O pr�-candidato do PSB aproveita para marcar posi��o, dizendo que n�o imagina construir o Brasil “tirando direito dos trabalhadores”.

Os dois se revezar�o no palanque montado pela For�a Sindical para celebrar a efem�ride do 1° de maio. A posi��o de A�cio, externada em encontros recentes com empres�rios, causa desconforto na For�a Sindical, central que promete apoi�-lo na campanha. Isso porque, para os sindicalistas, mexer nas leis trabalhistas, mesmo que pontualmente, � como mexer em algo “sagrado”.

“Temos que ter coragem de debater isso. Em determinados eventos e regi�es, a falta de flexibiliza��o no turismo tem levado � informalidade”, disse o senador na semana passada depois de um encontro na Associa��o Comercial de S�o Paulo. Ele j� tinha defendido essa tese para empres�rios do setor em uma feira no come�o de abril.

Na segunda-feira, deu um passo adiante no encontro da capital. “Defendemos flexibiliza��es pontuais, mas se chegarmos a conclus�o de que elas podem ser necess�rias em outros setores, vamos discutir isso”.

Rea��o

“Se o A�cio colocar isso em pauta, ele vai levar chumbo grosso dos trabalhadores. Se vier com essa conversa, n�o ter� apoio de nenhum trabalhador”, disse o secret�rio-geral da For�a Sindical, Jo�o Carlos Gon�alves, o Juruna, que estar� ao lado do tucano no palco montado na festa de hoje em S�o Paulo. Presidente nacional do Solidariedade, �nico partido at� agora que j� declarou apoio a A�cio Neves, o deputado federal Paulinho da For�a se mostra preocupado com o discurso do aliado.

“Estamos discutindo o programa. Vamos convenc�-lo de que isso � um erro. Somos contra a flexibiliza��o em todos o setores, inclusive no turismo”, diz o dirigente. Ainda segundo Paulinho, a flexibiliza��o “seria o caos” para os trabalhadores do setor. “O turismo n�o tem muita organiza��o. Eles perderiam direitos”, diz.

A diverg�ncia ocorre no momento que o Solidariedade sonha em indicar o candidato a vice na chapa do senador tucano. O nome da sigla para a “miss�o” j� foi escolhido. “Indicamos o Miguel Torres, presidente da For�a”, diz Paulinho. A tend�ncia de A�cio, por�m, � ter um vice do pr�prio PSDB, de prefer�ncia de S�o Paulo, maior col�gio eleitoral do Pa�s.

Oportunidade

A contradi��o entre A�cio e seus aliados sindicalistas foi vista pelos aliados de Campos como uma janela de oportunidade para delimitar terreno. “� ineg�vel que ele (A�cio) est� mais � direita que a gente. Na hora da bifurca��o entre PT e PSDB, o PT sempre empurra a pecha de que os tucanos defendem os ricos. Com a gente isso n�o pega”, afirma o deputado M�rcio Fran�a, presidente do PSB paulista e um dos mais frequentes interlocutores do ex-governador. Ex-secret�rio de Turismo do governo Geraldo Alckmin (PSDB), ele diz ser contra a flexibliza��o at� mesmo no setor. “N�o defendemos flexibiliza��o em lugar nenhum”.

Questionado ontem sobre as propostas de A�cio, Campos respondeu em encontro partid�rio em S�o Paulo. “Vamos abordar a causa trabalhista com di�logo, como sempre fizemos. Sempre dialoguei muito com o movimento sindical. Imagine se a gente vai come�ar uma agenda para melhorar o Brasil pensando em subtrair os direitos dos trabalhadores”.


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