(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Laborat�rio usado na opera��o Lava Jato anunciou 'perda' de seus livros-caixa


postado em 02/05/2014 09:49 / atualizado em 02/05/2014 10:44

Um m�s antes do estouro da Opera��o Lava Jato, o laborat�rio Labogen - carro-chefe do esquema de lavagem de R$ 10 bilh�es, segundo a Pol�cia Federal -, divulgou an�ncio em jornais da regi�o de Indaiatuba, onde fica sua sede, informando o sumi�o de dez livros cont�beis da empresa.

A nota endere�ada "ao mercado em geral, para os devidos fins" foi publicada no dia 18 de fevereiro na cidade do interior de S�o Paulo. Sob o t�tulo “Comunicado de extravio de livros', o laborat�rio, registrado com o nome Labogen S/A Qu�mica Fina e Biotecnologia, destaca que naquela data foi constatado o extravio dos livros da companhia - documentos que incluem atas de assembleias gerais, registro de a��es nominativas e livros raz�o (agrupamento de anota��es cont�beis).

A Lava Jato foi deflagrada na madrugada de 17 de mar�o. Os investigadores estranham o desaparecimento da papelada, que coincidiu com o avan�o da opera��o. Suspeitam que a ocorr�ncia pode ter sido forjada para tentar despistar que o verdadeiro controlador do laborat�rio � o doleiro Alberto Youssef.

A PF descobriu que Youssef tentou emplacar contrato milion�rio no Minist�rio da Sa�de, na gest�o do ent�o ministro Alexandre Padilha, no �mbito de Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDPs).

Em setembro de 2013, os investigadores interceptaram comunica��es que mostram como estava adiantada a negocia��o entre a organiza��o liderada por Youssef e a pasta.

No dia 9 daquele m�s, Raquel Damasceno Pinheiro, em nome do minist�rio, enviou e-mail para o administrador do Labogen, Leonardo Meirelles. "A pedido do dr. Eduardo Jorge Valadares Oliveira, diretor do Departamento do Complexo Industrial e Inova��o em Sa�de, encaminho para seu conhecimento c�pia do of�cio 237/13, emitido em 6 de setembro/2013.

O of�cio mencionado no e-mail era subscrito pela diretora substituta do Departamento do Complexo Industrial - �rg�o do Minist�rio da Sa�de -, Nadja Naira Valente Bisinoti, que solicitava um "agendamento de visita t�cnica na unidade fabril desta empresa em 20 de setembro de 2013, das 14h30 �s 17h30". O objetivo da inspe��o era "verificar a viabilidade do laborat�rio (Labogen) em atuar em PDPs".

A PF captou troca de e-mail entre Meirelles e um advogado da organiza��o logo ap�s a not�cia do agendamento da visita do Minist�rio da Sa�de. Para os investigadores, o conte�do dessas correspond�ncias confirma que o Labogem era fachada.

"Vamos todos pra l� a partir de quarta", afirmou Meirelles. O advogado respondeu. "Se precisar eu boto o capacete e o macac�o e caio pra dentro da obra tb. Retroceder nunca, render-se jamais."

O neg�cio, que acabou n�o sendo fechado, n�o seria executado pelo Labogen, mas por uma ind�stria farmac�utica de grande porte que fecharia parceria com o laborat�rio.

A PF n�o tem d�vidas de que o doleiro exercia o dom�nio do laborat�rio. Um investigador suspeita que o extravio dos livros cont�beis pode ser uma tentativa da organiza��o de Youssef em afastar a alega��o de que o Labogen � de fachada. "Eles querem arrumar um argumento para justificar que n�o s�o de fachada", avalia.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)