N�o vejo como n�o estar com Campos em 2015, diz A�cio Neves

O pr�-candidato do PSDB � Presid�ncia da Rep�blica, senador A�cio Neves (MG), teceu elogios ao ex-governador de Pernambuco e presidenci�vel do PSB, Eduardo Campos, em sua palestra no F�rum Empresarial de Comandatuba.

Apesar de estar em campo distinto na corrida presidencial, o tucano disse: "N�o consigo ver o Eduardo como advers�rio, somos companheiros de trincheira do mesmo sonho", arrancando aplausos da plateia. E, depois de criticar duramente a atual gest�o petista, disse que falaria algo que iria surpreender a todos: "N�o vejo como, a partir de 2015, n�o estarmos eu, (Eduardo) Campos e Marina (Silva) no mesmo projeto de Pa�s."

A�cio voltou a dizer que o Brasil n�o foi descoberto a partir de 2003, numa cr�tica indireta ao ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. Mas enalteceu os programas de transfer�ncia de renda bem-sucedidos do petista. Ap�s o breve elogio, criticou duramente a deteriora��o ocorrida no segundo mandato do ex-presidente, com a quebra dos pilares macroecon�micos. "Estamos voltando � agenda de dez anos atr�s". E alfinetou: "Tenho diverg�ncias profundas com os que est�o no poder (governo do PT)."

O senador mineiro criticou tamb�m a falta de seguran�a jur�dica e o intervencionismo do governo e disse que o pr�ximo presidente ter� uma "heran�a perversa" de infla��o em alta, crescimento baixo e perda crescente de credibilidade. A�cio citou ainda os "p�ssimos resultados" da balan�a comercial brasileira, a "escorchante carga tribut�ria" e prometeu que, se for eleito, vai apresentar em seis meses uma proposta de simplifica��o tribut�ria, arrancando aplausos dos empres�rios. "Quem melhora a vida de cada um � a pr�pria pessoa, Estado tem de ser apenas parceiro, restabelecendo a confian�a e a esperan�a."

Al�m das cr�ticas � economia, o senador tucano falou que o Pa�s enfrenta problemas nas �reas da educa��o, sa�de e seguran�a. "Temos de ter coragem de enfrentar a quest�o da criminalidade, sem a omiss�o atual do governo federal", disse.

No campo da reforma pol�tica, ele defendeu o voto distrital e o fim da reelei��o passando a mandato de cinco anos. O tucano lembrou que a institui��o da reelei��o foi feita no governo de seu correligion�rio, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. "Vou parodiar o presidente Lula e dizer que prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opini�o formada sobre tudo."

A�cio come�ou sua explana��o, que durou 35 minutos, brincando com o presidente do Lide (Grupo de L�deres Empresariais), Jo�o D�ria J�nior, organizador do evento, dizendo que ele poderia ser o arrecadador de sua campanha, pois reuniu em poucos minutos na manh� desta sexta-feira, 02, uma cifra superior a R$ 1 milh�o para o Instituto Ayrton Senna.

Com Ag�ncia Estado