
O senador A�cio Neves, pr�-candidato do PSDB � Presid�ncia da Rep�blica, ironizou nessa segunda-feira a postura da presidente Dilma Rousseff (PT) em rela��o �s sucessivas den�ncias contra a Petrobras e negou que os tucanos tenham inten��o de privatizar a estatal. Ao falar para integrantes do Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas da For�a Sindical (Sindnapi) em S�o Paulo, A�cio comparou Dilma a uma crian�a. “Voc�s se lembram daquelas crian�as que criavam um amigo imagin�rio e sa�am conversando com ele? A presidente agora est� criando o inimigo imagin�rio, e come�a a brigar com ele”, afirmou.
O pr�-candidato do PSDB criticou a fala da petista, que no fim de semana disse que n�o vai deixar que privatizem a Petrobras. “Quem est� falando em privatizar a Petrobras? O que eu quero � reestatizar a Petrobras, porque ela foi privatizada pelos interesses escusos de um grupo pol�tico que dela se apoderou para fazer neg�cios”, afirmou A�cio. Com a intensifica��o da crise da estatal, integrantes do governo t�m pregado que os ataques seriam uma estrat�gia da oposi��o para enfraquecer e desvalorizar a empresa, preparando o terreno para uma futura privatiza��o.
O tucano voltou a reclamar dos an�ncios feitos pela presidente Dilma em seu pronunciamento � na��o pelo dia do trabalhador e anunciou que vai apresentar um projeto de lei para corrigir a tabela do Imposto de Renda nos pr�ximos cinco anos pelo �ndice que mede a infla��o (IPCA). A�cio disse que a corre��o do tributo, anunciada por Dilma, n�o pode ser moeda eleitoral. “Vamos parar com essa mania de querer fazer bondade pela metade, como ficou claro no an�ncio dessas �ltimas medidas”, afirmou.
O mesmo se aplica, segundo o tucano, ao sal�rio m�nimo. Segundo o pr�-candidato, o aumento real n�o pode ser uma arma usada em toda v�spera eleitoral. “Por isso, o projeto assinado pelo Paulinho (Paulinho da For�a) e pelo l�der do meu partido, deputado Antonio Imbassahy, que garante at� 2019 a corre��o real do sal�rio m�nimo, ter� o nosso apoio e espero que seja aprovado na C�mara e no Senado o mais rapidamente poss�vel”, garantiu.
Fator
A�cio n�o se posicionou sobre a pauta de reivindica��es apresentada por sindicatos, mas se comprometeu a discutir todos os temas. O tucano convidou o ex-presidente do sindicato dos aposentados, Jo�o Inocentini, a ajudar o ex-governador Antonio Anastasia (PSDB) na formula��o das propostas para o setor. Segundo ele, o fim do fator previdenci�rio � um dos assuntos a serem debatidos. “Todos esses temas, sem exce��o, e s�o cerca de 12 propostas, ser�o discutidos e debatidos. Sobre cada um deles, durante a campanha, n�s teremos a nossa posi��o”, disse.
O senador criticou o que chamou de desindustrializa��o do pa�s. Segundo o tucano, o pa�s perdeu, em quatro anos, cerca de 3 milh�es de empregos industriais. “O Brasil voltou a ser o que �ramos na d�cada de 1950, somos de novo exportadores de commodities”, afirmou. O presidenci�vel prometeu trabalhar para resgatar a ind�stria brasileira.
Aos aposentados, o tucano disse ainda que o baixo crescimento e a alta da infla��o ser�o heran�as malditas do governo do PT. “A grande verdade, infelizmente, e participo de f�runs internacionais, de discuss�o com investidores brasileiros, � que h� um clima de desconfian�a em rela��o ao Brasil. O intervencionismo do governo, que tem matado os setores estrat�gicos para o crescimento, como o de energia, sinaliza negativamente na busca de investimentos que venham gerar empregos de maior qualidade e renda para os brasileiros”, avaliou.
