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Estado de Minas

Caseiro muda vers�o e nega envolvimento na morte de Coronel

Na conversa com senadores, na Comiss�o de Direitos Humanos, caseiro negou ter participado do assalto � casa do corone


postado em 06/05/2014 13:07 / atualizado em 06/05/2014 14:56

Tr�s senadores da Comiss�o de Direitos Humanos (CDH) conversaram na manh� desta ter�a-feira, 06, com o caseiro Rog�rio Pires, que teria confessado participa��o no assalto que resultou na morte do coronel reformado do Ex�rcito Paulo Malh�es. No entanto, Pires deu uma vers�o diferente daquela prestada � Pol�cia Civil do Rio no dia 29 de abril. Na conversa com os senadores, o caseiro negou ter participado do assalto � casa do coronel.

"Ele demonstrou firmeza. Vamos solicitar uma c�pia do inqu�rito e do depoimento dele � Pol�cia Civil", disse a senadora Ana Rita (PT-ES), que estava acompanhada do presidente da Comiss�o da Verdade do Rio, Wadih Damous, e dos senadores Jo�o Capiberibe (PSB-AP) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). "Ele (o caseiro) � analfabeto e n�o tem advogado. Vamos pedir um defensor p�blico para ele", disse Damous.

De acordo com a vers�o apresentada aos senadores, Pires n�o participou nem planejou o crime, mas reconheceu os irm�os Anderson e Rodrigo Pires como autores. Segundo ele, os dois chegaram ao s�tio, na �rea rural de Nova Igua�u (cidade na Baixada Fluminense) por volta das 10 horas no dia do assassinato (25 de abril). Malh�es s� teria chegado ao im�vel tr�s horas depois.

Durante o assalto, os criminosos teriam se comunicado por telefone com uma pessoa que estava fora da casa, disse o senador Randolfe Rodrigues. Os parlamentares pedir�o prote��o para o caseiro e a fam�lia dele, al�m da vi�va Cristina Batista Malh�es.

Os senadores contestam a condu��o da Pol�cia Civil sobre o caso. Para os parlamentares a hip�tese de queima de arquivo tamb�m deve ser investigada. "Entendemos que este assassinato ap�s o depoimento (na Comiss�o da Verdade, em mar�o) tem ind�cios de que foi em fun��o disso e que ele tinha muitas informa��es a prestar. N�o descartamos a possibilidade de queima de arquivo", disse Ana Rita.

Antes de receber autoriza��o para conversar com o caseiro, o senador Randolfe afirmou que "� evidente a m� vontade do Estado do Rio com este caso". Para Ana Rita, "� fundamental ouvir o preso" porque Pires teve contato direto com Malh�es, torturador confesso de presos pol�ticos durante a ditadura militar.

Ainda nesta ter�a, o grupo conversar� com o chefe de Pol�cia Civil, delegado Fernando Veloso. Eles reiteraram o pedido feito ao ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, para que o caso seja acompanhado pela Pol�cia Federal. Para o presidente da Comiss�o da Verdade do Estado, Wadih Damous, "falta boa vontade da Pol�cia Civil do Rio".

"A participa��o da Pol�cia Federal ampliar� o escopo da investiga��o. Continuamos entendendo que n�o � um crime banal, mas de um importante agente da ditadura que nos �ltimos tempos come�ou a revelar coisas at� ent�o desconhecidas da popula��o", afirmou.

"Malh�es foi o primeiro dos mais importantes torturadores que exp�s as mazelas da ditadura e, inclusive, falou sobre o comando, mostrando que as ordens para desaparecer com os corpos vinha diretamente do Pal�cio do Planalto", disse o senador Jo�o Capiberibe (PSB-AP).

Um m�s antes de ser assassinado, no dia 24 de abril, Malh�es prestou depoimento para a Comiss�o da Verdade em que confessou ter participado do desaparecimento do corpo do ex-deputado Rubens Paiva.


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