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Estado de Minas

Deputado federal deu verba para empresa envolvida com doleiro

A Uni�o Brasil Transportes e Servi�os, com sede em Alagoinhas (BA), recebeu ao menos R$ 30 mil da chamada cota para exerc�cio da atividade parlamentar


postado em 08/05/2014 06:13 / atualizado em 08/05/2014 07:50

Bras�lia, 08 - O deputado federal Luiz Arg�lo (SDD-BA) deu verba da C�mara para uma empresa que seria seu elo financeiro com o doleiro Alberto Youssef, preso na Opera��o Lava Jato, da Pol�cia Federal. A Uni�o Brasil Transportes e Servi�os, com sede em Alagoinhas (BA), base eleitoral do congressista, recebeu ao menos R$ 30 mil da chamada cota para exerc�cio da atividade parlamentar por supostos servi�os prestados ao gabinete de deputado. Tr�s ex-assessores dele constam como s�cios da empresa.

Arg�lo pediu � C�mara o reembolso de seis notas fiscais, no valor de R$ 5 mil cada, pelo aluguel de ve�culos durante seis meses dos anos de 2011 e 2012. Os comprovantes de janeiro, fevereiro e mar�o de 2012 descrevem a loca��o de uma Pajero.

A Opera��o Lava Jato investiga esquema bilion�rio de lavagem de dinheiro, do qual Youssef seria piv�. A PF flagrou intensa troca de mensagens entre ele e o deputado. Numa delas, Arg�lo indica duas contas banc�rias, uma em nome da Uni�o Brasil, para que o doleiro depositasse R$ 110 mil, valor que teria sido usado para a compra de gado.

Nas mensagens, o congressista � identificado como "LA". A informa��o foi publicada pelo jornal "Folha de S. Paulo". Segundo o inqu�rito, o congressista tamb�m teria recebido R$ 120 mil do doleiro, depositados na conta de um assessor.

Nos registros da Receita Federal, a Uni�o Brasil, fundada em 2007, tem diversas atividades, que v�o da loca��o de ve�culos � limpeza de pr�dios e ao com�rcio de cal�ados. Formalmente, � controlada pela fam�lia Ouais. Tr�s dos s�cios - Ad�lson Cruz, Edimilson e Jo�o Batista Ouais - trabalharam para Arg�lo quando era deputado estadual, segundo registro no Di�rio Oficial da Bahia. Jo�o Batista tamb�m foi funcion�rio comissionado na C�mara.

As revela��es da Opera��o Lava Jato complicam cada vez mais a situa��o pol�tica do deputado. Ontem, ele foi notificado e ter� cinco dias para apresentar defesa em processo no qual � investigado pela Corregedoria da C�mara.

O PSOL apresentou uma representa��o no Conselho de �tica da Casa, que avaliar� se h� elementos para a abertura de uma investiga��o. Se a representa��o for aceita, o colegiado ter� 90 dias para concluir o processo, que pode resultar na cassa��o do congressista por quebra de decoro parlamentar. A investiga��o deve se misturar ao processo eleitoral e � Copa do Mundo, exigindo sess�es extraordin�rias.

Procurado pelo Estado, Arg�lo n�o respondeu aos telefonemas. O chefe de gabinete do deputado, Vanilton Bezerra, confirmou o uso de verba da C�mara para pagamentos � Uni�o Brasil. Segundo ele, a empresa recebeu por servi�os regularmente prestados na cidade em que o deputado � "majorit�rio".

Questionado sobre a liga��o com os dirigentes da empresa, ele respondeu: "Em Alagoinhas, quem n�o � advers�rio � aliado ou amigo. Nunca ouvi falar de algu�m que alugasse carro de inimigo".

O chefe de gabinete disse que o deputado apresentar� "em inst�ncias apropriadas" documentos para comprovar que as opera��es citadas no inqu�rito da PF n�o l�citas. Segundo ele, Arg�lo e sua fam�lia compram gado. "Como � que ele vai adivinhar que algu�m que negocia com ele � doleiro?", questionou. O "Estado" tentou contato com os representantes da Uni�o Brasil, sem sucesso.


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