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Estado de Minas

Defesa de Vargas estuda usar doleiro como testemunha


postado em 08/05/2014 20:37

Bras�lia, 08 - A defesa do deputado licenciado Andr� Vargas (sem partido-PR) estuda a possibilidade de indicar o doleiro Alberto Youssef, preso na Opera��o Lava Jato, como testemunha de defesa no processo por quebra de decoro parlamentar em andamento na Conselho de �tica da C�mara dos Deputados. O deputado n�o foi notificado sobre o processo porque os funcion�rios do C�mara ainda n�o conseguiram localiz�-lo. O presidente do Conselho, deputado Ricardo Izar (PSD-SP), acredita que o ex-petista tenta ganhar tempo e teme n�o conseguir finalizar o processo antes do recesso de julho, como previsto inicialmente.

A admissibilidade do processo foi aprovada na semana passada e Vargas tem dez dias para apresentar sua defesa a partir da data de notifica��o. O deputado, que deve voltar da licen�a em junho, j� foi procurado em seu apartamento funcional em Bras�lia e em sua resid�ncia em Londrina (PR), mas n�o foi encontrado. "N�o quero deixar para o recesso. Quero ser o mais c�lere poss�vel porque, sen�o, n�o consigo qu�rum depois", disse o presidente do Conselho, se referindo � tend�ncia de esvaziamento da C�mara com o in�cio da Copa do Mundo, as f�rias do meio de ano e o come�o da campanha eleitoral.

Caso Vargas n�o seja notificado nos pr�ximos dias, Izar pretende publicar a notifica��o no Di�rio Oficial da pr�xima segunda-feira (12), o que permitiria o in�cio da contagem do prazo regimental. Nesta fase, seus advogados encaminhar�o a defesa por escrito e informar�o ao Conselho quem pretendem chamar para testemunhar a favor do ex-petista.

Os advogados Jos� Roberto Batochio e Michel Saliba - este tamb�m defensor do ex-deputado Natan Donadon (sem partido-RO) no processo que culminou com a cassa��o do mandato parlamentar - n�o descartam a possibilidade de indicar o doleiro como testemunha de defesa de Vargas, mas ainda n�o fecharam a estrat�gia jur�dica. A oitiva de Youssef j� constava da representa��o feita pelos partidos de oposi��o (PSDB, DEM e PPS) que deu origem ao processo.

Por enquanto, a palavra de ordem dos defensores � fazer o deputado licenciado submergir, ideia que atende �s expectativas do PT. Os advogados acreditam que o deputado licenciado pode escapar da cassa��o assim como o deputado Carlos Alberto Ler�ia (PSDB-GO), que foi punido com uma suspens�o de 90 dias. Ler�ia foi acusado de envolvimento com o contraventor Carlos Cachoeira e conseguiu prolongar o processo de dezembro de 2012 a abril deste ano. Na avalia��o da defesa, as acusa��es contra o tucano eram mais contundentes do que no caso Andr� Vargas, o que poderia aumentar suas chances de salvar o mandato.

A preocupa��o de Izar � cumprir todas as etapas regimentais para que o processo n�o seja anulado futuramente. No Conselho, os advogados devem alegar que a troca de mensagens interceptadas pela Pol�cia Federal entre Vargas e o doleiro n�o configura crime e que o deputado sequer foi indiciado no inqu�rito policial. "A gente n�o est� analisando a parte criminal. � a quebra de decoro, a partir do uso do jatinho do doleiro, que estamos analisando", lembrou Izar.


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