
“Imagina se o Eduardo Campos deixar de conseguir votos em Minas com um candidato alternativo, que pode fazer a diferen�a”, completa Apolo, refor�ando a tese de sua candidatura ser tamb�m um palanque para o ex-governador pernambucano em Minas. Apolo, entretanto, representa os desejos da Rede, partido capitaneado por Marina Silva, que n�o conseguiu se constituir a tempo para o pleito de outubro e fechou um acordo com o PSB. A ex-senadora do Acre ser� candidata a vice na chapa encabe�ada por Eduardo Campos.
Para o presidente do PSB em Minas, deputado federal J�lio Delgado, Apolo n�o � uma unanimidade na legenda. “O Apolo � um nome sustentado pelos companheiros da Rede. Quando o partido (PSB) colocar um nome, ter� mais for�a e apelo do que o nome do Apolo”, afirma o presidente do PSB. Para Delgado, os representantes da Rede que est�o filiados ao PSB insistem na candidatura pr�pria no estado, mas esse, segundo ele, n�o � o sentimento da maioria do partido.
A conven��o para decidir pelo nome do candidato ou se ser� mantido o apoio ao PSDB est� marcada para 29 de junho. Apesar de sempre ter defendido uma costura mais pr�xima ao senador A�cio Neves, Delgado n�o descarta que o partido possa lan�ar um nome. “Em Minas tem duas candidaturas que n�o conseguem empolgar, que s�o a do Fernando Pimentel (PT) e a do Pimenta da Veiga (PSDB) e isso pode fazer surgir espa�o para outro nome”, avalia Delgado.
O presidente do PSDB em Minas, o deputado federal Marcus Pestana, adota outro discurso e diz que a pol�tica no Brasil est� extremamente confusa. “O importante � ter objetivos estrat�gicos e ver o interesse da sociedade”, afirma. Para o tucano, tanto A�cio quanto Campos “sabem que o pa�s n�o suporta mais quatro anos do governo de Dilma Rousseff”.
Pestana entende que o sentimento da popula��o � de mudan�a e que o eleitorado de Minas e Pernambuco � essencial para isso. “Tenho certeza de que estaremos juntos”, crava o deputado. Sobre os ensaios da candidatura do deputado estadual tucano Daniel Coelho e do socialista Apolo Heringer-Lisboa, Pestana entende que h� uma diferen�a entre as disputas estaduais, que, segundo ele, “nem sempre coadunam com a disputa nacional”.
AUTONOMIA Durante sua visita a Minas Gerais, na semana passada, Eduardo Campos afirmou n�o ter feito nenhum pacto de “n�o agress�o” com A�cio. O que Campos deixou claro � que cada estado ter� sua autonomia para definir as chapas e candidatos pr�prios. “N�o temos pacto firmado em canto nenhum. Temos partidos que t�m rela��es em v�rios estados, de disputas e alian�as. E respeitamos essa situa��o. No Recife, disputamos uma elei��o com o PT de um lado e o PSDB de outro. Temos um pa�s com 27 estados e cada um com realidade pr�pria. Vamos respeitar a din�mica de cada estado”, afirmou.