Bras�lia, 13 - A Comiss�o de Direitos Humanos (CDH) do Senado vai pedir para que Cristina Malh�es, vi�va do coronel da reserva Paulo Malh�es, e o caseiro Rog�rio Pires, acusado de participa��o no assalto que culminou com a morte do militar, sejam incorporados ao Programa Federal de Assist�ncia a V�timas e Testemunhas Amea�adas. A decis�o foi anunciada pela presidente da Comiss�o, senadora Ana Rita (PT-ES), que na manh� desta ter�a-feira, 13, leu o relat�rio parcial da dilig�ncia feita por senadores ao Rio de Janeiro para verificar as investiga��es do caso. A Comiss�o tamb�m vai solicitar que dois membros do Minist�rio P�blico acompanhem a apura��o policial.
Torturador confesso de presos pol�ticos durante a ditadura militar brasileira, Malh�es morreu no dia 24 de abril durante assalto no s�tio onde morava, na zona rural de Nova Igua�u, na Baixada Fluminense. Laudo preliminar aponta que o coronel da reserva morreu de enfarte. Os membros da Comiss�o acreditam que a Pol�cia Civil do Rio de Janeiro est� demasiadamente focada na hip�tese de latroc�nio. "N�o d� para afirmar com certeza nenhuma hip�tese", enfatizou Ana Rita.
No relat�rio parcial da Comiss�o de Direitos Humanos, os senadores lembram que computadores e pastas foram levados no assalto e que a Pol�cia caminha para uma conclus�o do inqu�rito sem ouvir Anderson e Rog�rio Pires, irm�os do caseiro que est�o foragidos. "Acho muito precipitado a Pol�cia j� manifestar prefer�ncia por uma linha de investiga��o sem ouvir os dois foragidos", comentou Ana Rita.
A presidente da Comiss�o informou que os senadores pedir�o acesso � c�pia do inqu�rito, uma vez que na dilig�ncia isso foi negado. Segundo a senadora petista, a Pol�cia alegou que as investiga��es ocorriam sob segredo de Justi�a. Durante a dilig�ncia no Rio de Janeiro, que foi acompanhada pelo presidente da Comiss�o da Verdade do Estado, Wadih Damus, os senadores observaram que o caseiro prestou dois depoimentos desacompanhado de um advogado. S� na semana passada foi nomeada uma defensora p�blica para o acusado.
Para a senadora, o caseiro passou a impress�o de ser uma pessoa simples, fr�gil e insegura, por isso a necessidade de inclu�-lo no programa de prote��o a testemunha, juntamente com Cristina. "A vi�va j� est� com medo e o caseiro nos disse que est� ficando com medo. Os dois precisam ser protegidos pelo Estado", defendeu a senadora.