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Estado de Minas

CPI da Petrobras amplia investiga��es para atingir advers�rios de Dilma

Apesar da limita��o imposta por ministra do Supremo, comiss�o sobre a Petrobras inclui porto e naufr�gio nas investiga��es


postado em 15/05/2014 06:00 / atualizado em 15/05/2014 08:00

Os senadores Antônio Carlos Rodrigues, Vital do Rêgo e José Pimentel: tropa de choque do Planalto no comando da CPI instalada no Senado(foto: Geraldo Magela/Agência Senado )
Os senadores Ant�nio Carlos Rodrigues, Vital do R�go e Jos� Pimentel: tropa de choque do Planalto no comando da CPI instalada no Senado (foto: Geraldo Magela/Ag�ncia Senado )

Bras�lia – A esmagadora maioria de integrantes da base governista na CPI da Petrobras no Senado, que come�ou nessa quarta-feira, pode se transformar em uma fonte de ataques contra o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) e ainda respingar no ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Advers�rio de Dilma Rousseff nas elei��es de outubro, Campos deve ser al�ado ao centro das aten��es com a investiga��o da “interliga��o entre a refinaria Abreu e Lima e o Pier do Porto de Suape”, ambas em solo pernambucano. J� FHC pode ser envolvido devido ao afundamento da plataforma P-36, em 2001, que deixou 11 mortos.

Apesar de a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), ter concedido liminar ordenando a instala��o de CPI espec�fica para investigar a Petrobras, como queria a oposi��o, os petistas se apegaram a brecha da indetermina��o sobre os “fatos conexos” ao tema central de uma Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito para avan�ar sobre Suape. Um ministro do STF ouvido pela reportagem disse desconhecer a liga��o entre o porto e a Petrobras, mas observou que o tema certamente ser� debatido pelo plen�rio da Corte. Em rela��o ao ex-presidente tucano, foi o pr�prio PSDB que incluiu a “seguran�a dos equipamentos e dos trabalhadores” no requerimento de cria��o da CPI. O PT, no entanto, foi buscar no caso da P-36 uma forma de chegar � legenda.

Como previsto, a presid�ncia da comiss�o ficou com o senador Vital do R�go (PMDB-PB) e a relatoria com Jos� Pimentel (PT-CE), que prop�s o plano de trabalho dividido em quatro eixos tem�ticos, que abrangem a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, a suspeita de pagamento de propina a funcion�rios da estatal e o suposto superfaturamento na constru��o de refinarias – onde entram Abreu e Lima e Suape. “Queremos uma CPI t�cnica, como � o papel de qualquer CPI”, defendeu Pimentel. O relator enumerou o “plano de trabalho objetivo”, com “quesitos claros” para a convoca��o de depoentes como provas da boa f� da base governista. Na primeira reuni�o, foram aprovados 74 requerimentos para a convoca��o de depoentes ou a solicita��o de documentos a �rg�os p�blicos e empresas.

CONVOCA��ES

 

A presidente da Petrobras, Maria das Gra�as Foster, e o ex-presidente da estatal Jos� S�rgio Gabrielli ser�o os primeiros a prestar esclarecimentos � CPI, na pr�xima semana. Foram convocadas mais 31 pessoas, como o ex-diretor da �rea internacional da empresa Nestor Cerver�, al�m de autoridades e representantes. Tamb�m foram convidados os ministros do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU), Jos� Jorge, e da Controladoria-Geral da Uni�o (CGU), Jorge Hage, que j� investigam as den�ncias sobre a estatal.

BLINDAGEM

Foi rejeitado, no entanto, o �nico pedido da oposi��o: que fosse convocado o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. “Esse foi o primeiro teste. Achamos que o mandat�rio da �poca, que deveria saber de tudo, seria muito importante para dar o seu depoimento. Mas a gente t� vendo que a pr�tica aqui vai ser essa de chapa branca”, criticou o senador Cyro Miranda (PSDB-GO). �nico parlamentar da oposi��o indicado por Renan Calheiros que aceitou compor o grupo, Miranda diz que continuar� comparecendo “para saber at� onde eles v�o levar essa farsa.”

Pimentel classifica o requerimento de convoca��o de Lula uma “provoca��o” e diz que a oposi��o s� quer “fazer um palanque pol�tico”. Em defesa da CPI e do partido, o relator aponta a n�o convoca��o de FHC como exemplo do car�ter t�cnico. “No in�cio da internacionaliza��o da Petrobras, assim como no afundamento da P-36, FHC era o presidente, e ningu�m est� propondo convoc�-lo”. Na lista dos convocados, no entanto, est� o ex-genro de Cardoso, David Zylbersztajn, ex-diretor da Ag�ncia Nacional de Petr�leo.

O colegiado tem 180 dias para concluir as investiga��es. A oposi��o boicota essa CPI para for�ar a instala��o de uma comiss�o mista, composta por senadores e deputados, j� que, na C�mara, a maioria governista � menos confi�vel para o Pal�cio do Planalto, e as chances de supera��o da blindagem ser� maior, conforme avaliam. Dois senadores se negaram a participar do colegiado: Lucia V�nia (PSDB-GO) e Wilder Moraes (DEM-GO), que foram indicados pelo presidente por Renan, ap�s os l�deres da oposi��o terem se recusado a fazer as tr�s indica��es a que tinham direito, contra as 10 dos aliados. Ainda ontem, a Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) do Senado aprovou relat�rio do senador Romero Juc� (PMDB-RR) favor�vel � instala��o de uma CPI mista restrita a temas ligados � Petrobras.

 


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