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Estado de Minas

Membros da CPI t�m doa��es de fornecedores da Petrobras

O relator da comiss�o, Jos� Pimentel (PT-CE), est� entre os que receberam doa��es


postado em 16/05/2014 09:19 / atualizado em 16/05/2014 09:32

Bras�lia - Um ter�o dos 12 titulares da CPI da Petrobras do Senado indicados at� agora recebeu dinheiro de fornecedoras da estatal nas elei��es de 2010. O relator da comiss�o, Jos� Pimentel (PT-CE), est� entre eles. Ele recebeu R$ 1 milh�o da Camargo Corr�a, empreiteira que lidera o cons�rcio respons�vel por obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, alvo de suspeitas.

A doa��o da empreiteira equivale a 20% de tudo o que o petista conseguiu arrecadar para a sua campanha ao Senado quatro anos atr�s. Outros tr�s titulares da comiss�o, instalada nesta semana e controlada pelos aliados da presidente Dilma Rousseff, tamb�m receberam de fornecedores da Petrobras.

At� o momento, s�o conhecidos 12 titulares da CPI no Senado. Ainda falta a indica��o de um nome da oposi��o, que resiste em faz�-lo por defender uma comiss�o mista, com a presen�a de deputados na apura��o.

Humberto Costa (PT-PE) tamb�m recebeu R$ 1 milh�o da Camargo Corr�a para sua campanha ao Senado. A construtora OAS doou outros R$ 500 mil � campanha do senador. Juntas, as duas fornecedoras com contratos com a Petrobras respondem por 30% das doa��es obtidas pelo petista.

A Camargo Corr�a tamb�m contribuiu para as campanhas de Ciro Nogueira (PP-PI), com R$ 150 mil, e Vanessa Grazziotin (PC do B-AM), com R$ 500 mil, outros dois membros da CPI. Ciro ainda conseguiu recursos R$ 100 mil da Votorantim Cimentos.

Os fornecedores da Petrobras foram respons�veis por 10% de todas as doa��es feitas em 2010 � campanha de Grazziotin e 6,25% do arrecadado pelo comit� de Nogueira.

Conforme revelou o Estado em abril, os fornecedores da Petrobras respondem por 30% das doa��es nos pleitos de 2010 e 2012 aos postulantes � Presid�ncia e ao Congresso Nacional. Isso n�o implica que a estatal tenha direcionado as doa��es ou que haja ilegalidade, mas revela o potencial de alcance pol�tico e econ�mico da estatal.

Opera��o


A Opera��o Lava Jato, da Pol�cia Federal, revelou em mar�o deste ano suspeitas sobre as obras em Abreu e Lima tocadas pela Camargo Corr�a. A partir da intermedia��o do doleiro Alberto Youssef, a empreiteira teria sido favorecida por superfaturamento nas obras. O favorecimento teria ocorrido, segundo a Pol�cia Federal, com a ajuda do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Ele e Youssef est�o presos no Paran�.

A Justi�a deu na semana passada prazo de 20 dias para que a Petrobras apresente todos os pagamentos feitos entre 2009 e 2013 � Camargo Corr�a, a principal financiadora dos membros da CPI.

A estatal e a empreiteira tiveram o sigilo banc�rio quebrado pela Justi�a Federal do Paran�, que apura se houve desvios de recursos da estatal que eram destinados a obras da Abreu e Lima. A estatal ter� de abrir para a PF e para o Minist�rio P�blico Federal as transa��es feitas entre Petrobras, Camargo Corr�a e Sanko Sider.

Nas investiga��es do Minist�rio P�blico e da PF, Costa e Youssef receberam cerca de R$ 7,9 milh�es por meio do cons�rcio da Camargo Corr�a, para a Sanko Sider, que teria feito dep�sitos em contas para a MO Consultoria, comandada pelo doleiro.

Financiadora da campanha de Humberto Costa, a construtora OAS fechou contrato de R$ 185 milh�es com a Petrobras em novembro do ano passado para a constru��o e montagem de dutos para o emiss�rio do Complexo Petroqu�mico do Rio de Janeiro (Comperj).

O contrato vai at� agosto do ano que vem. Relat�rio do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) j� apontou "conduta omissiva" da alta administra��o da estatal em rela��o aos atrasos nas obras de tubula��o do Comperj, cujo custo total foi estimado, em fevereiro de 2010, em R$ 26,9 bilh�es, com expectativa de conclus�o em 2021. S� o primeiro trem de refino (o complexo � composto por dois) possui previs�o de conclus�o em agosto de 2016.

J� a Votorantim Cimentos, doadora da campanha de Ciro Nogueira, foi contratada pela petroleira estatal por um ano para fornecer cimento para po�os de petr�leo pelo valor de R$ 10,8 milh�es. O contrato, que se encerra hoje, ainda teve um aditivo.

Como n�o concorreu � vaga de senador, o vice-presidente da CPI, Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP), n�o recebeu nenhuma doa��o dos fornecedores da estatal. No entanto, a petista Marta Suplicy, hoje ministra da Cultura e eleita para o cargo, ganhou R$ 2,5 milh�es das construtoras Camargo Corr�a e OAS de um total de R$ 12 milh�es de contribui��es na campanha de 2010.

Controle

A CPI da Petrobras no Senado foi instalada anteontem (14) e � controlada pela maioria governista. Os aliados de Dilma aprovaram convites para ouvir a atual presidente da estatal, Gra�a Foster, e o seu antecessor, Jos� Sergio Gabrielli.

Tamb�m colocaram no plano de trabalho apura��es com potencial para atingir advers�rios de Dilma na sucess�o presidencial. Ser�o investigados o afundamento da plataforma P-36 no governo Fernando Henrique Cardoso, aliado de A�cio Neves (PSDB), e uma obra de dragagem no Porto de Suape, em Pernambuco, paga pela Petrobras em parceria com o governo estadual - at� abril comandado por Eduardo Campos (PSB). 


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