(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

A�cio adota 'vacinas' para rebater temor de 'retrocesso'

Pr�-candidato tucano � presid�ncia quer divulgar uma carta-compromisso em que dar� garantia de manuten��o de benef�cios, como bolsa-fam�lia


postado em 18/05/2014 09:31 / atualizado em 18/05/2014 10:06

O senador A�cio Neves (MG), pr�-candidato do PSDB � Presid�ncia, tenta se "vacinar" contra o discurso petista segundo o qual sua vit�ria seria um retrocesso, principalmente na �rea social e no aumento da renda dos trabalhadores. Para isso, utiliza projetos de lei apresentados e apoiados no Congresso Nacional.

O tucano vem criando, desde o ano passado, uma esp�cie de carta-compromisso com esses projetos. Primeiro, prop�s que o Bolsa Fam�lia, principal bandeira eleitoral do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva tamb�m usada pela sucessora, Dilma Rousseff, se tornasse uma pol�tica de Estado. Ou seja, quer garantir em lei que o benef�cio n�o possa ser abandonado pelo governo da vez. Depois, estendeu a inten��o de criar garantias legais para as pol�ticas de aumento do sal�rio m�nimo do atual governo e de reajuste da tabela do imposto de renda. H� ainda iniciativas nas �reas da educa��o e da sa�de.

Os compromissos legislativos assumidos por A�cio para neutralizar o discurso dos advers�rios - que o associam � elite - lembram a iniciativa de Lula em 2002 de colocar no papel garantias de que manteria contratos vigentes e n�o mexeria nos pilares macroecon�micos. Naquela elei��o, vencida pelo petista, o temor era que houvesse retrocesso nos avan�os do Plano Real do governo Fernando Henrique Cardoso. Por isso, Lula lan�ou sua "Carta ao Povo Brasileiro".

O discurso petista segundo o qual uma vit�ria tucana seria um retrocesso, que j� vinha tomando forma nos �ltimos meses, ficou expl�cito com a propaganda partid�ria do partido que foi ao ar na semana passada na TV. Na pe�a assinada pelo marqueteiro de Dilma, Jo�o Santana, a legenda da presidente apelou � tentativa de incutir medo no eleitor, citando a amea�a da volta dos "fantasmas do passado". Isso num contexto em que FHC � um dos principais apoiadores da pr�-candidatura de A�cio.

A propaganda petista tamb�m mirou o outro pr�-candidato da oposi��o, o ex-governador Eduardo Campos (PSB), dizendo que o eleitor tamb�m n�o poderia dar "um salto no escuro", j� que o pernambucano � pouco conhecido.

�reas-chave

A t�tica tucana de apostar na apresenta��o e no apoio de medidas com apelo social se fez presente, por exemplo, em discuss�es em andamento no Legislativo como o Plano Nacional de Educa��o (PNE). O PSDB deu apoio imediato aos movimentos da �rea que s�o favor�veis � reserva de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para o setor. O governo inicialmente prop�s 7%, mas concordou com os 10% ap�s garantir recursos de royalties e incluir entre as despesas gastos com o ensino superior, em especial o ProUni - programa de bolsa para universit�rios carentes em institui��es particulares.

No Senado, durante a vota��o da proposta do governo que fixava em 15% da receita corrente l�quida da Uni�o o porcentual dos investimentos em sa�de a ser atingido em cinco anos, o senador tucano C�cero Lucena (PB) tentou elevar o montante a 18% e reduzir em um ano o prazo da meta. A medida n�o prosperou, mas o PSDB acredita ter marcado posi��o.

Origem


Al�m de tentar transformar o Bolsa Fam�lia numa pol�tica de Estado, os tucanos pretendem lembrar, durante a campanha, que o programa criado por Lula �, na verdade, uma uni�o de v�rios outros programas criados pelo antecessor tucano. "N�o � apenas se antecipar, mas reafirmar a nossa identidade com um programa que come�ou com o governo Fernando Henrique Cardoso - com outro nome - e institucionaliz�-lo", diz o l�der do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), um dos nomes cotados para ser vice de A�cio.

Com a alian�a com o Solidariedade, partido liderado pelo deputado Paulinho Pereira da Silva (SP), A�cio e seu grupo fizeram movimentos para se defender de ataques na pauta trabalhista. Ap�s Dilma usar a rede nacional de r�dio e TV para anunciar um reajuste - via medida provis�ria - de 4,5% na tabela do Imposto de Renda, o pr�-candidato tucano correu para apresentar uma emenda propondo a corre��o pelo �ndice oficial de infla��o, que em 2013 ficou em 5,9%. Com isso, governo e oposi��o travam uma batalha legislativa em torno do tema.

J� em rea��o a outra promessa de Dilma - a de manter a pol�tica de valoriza��o do sal�rio m�nimo, que garante a reposi��o da infla��o e a varia��o no ritmo do crescimento da economia - os aliados de A�cio aprovaram no plen�rio da C�mara requerimento do l�der tucano na Casa, Antonio Imbassahy (BA), para dar urg�ncia a um projeto de Paulinho que prorroga a pol�tica at� 2019.

Os aliados do Planalto perceberam a movimenta��o e prometem explorar as "contradi��es" do advers�rio. A ideia do PT � argumentar que o PSDB era opositor dessas medidas e que tampouco as implantou quando esteve no governo.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)