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Estado de Minas

Petrobras compra refinarias fora desde FHC, diz ex-presidente da estatal

O ex-dirigente da estatal disse que a cl�usula Marlim, prevista em v�rios contratos de refinarias, como a de Pasadena, come�ou a ser usada tamb�m no governo FHC


postado em 20/05/2014 11:49 / atualizado em 20/05/2014 12:09

Ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli (E), observado pelo senador Vital do Régo, é ouvido na CPI do Senado que apura denúncias de irregularidades na estatal(foto: Geraldo Magela/Agência Senado)
Ex-presidente da Petrobras S�rgio Gabrielli (E), observado pelo senador Vital do R�go, � ouvido na CPI do Senado que apura den�ncias de irregularidades na estatal (foto: Geraldo Magela/Ag�ncia Senado)

Bras�lia - O ex-presidente da Petrobras Jos� Sergio Gabrielli afirmou na manh� desta ter�a-feria que desde o governo Fernando Henrique Cardoso (FHC) a estatal compra refinarias fora do Pa�s. Segundo ele, havia uma estrat�gia na Petrobras de buscar o refino no exterior. Em depoimento da CPI da Petrobras, ele afirmou que os investimentos do conselho da estatal s�o voltados para a melhoria do perfil de refino do �leo.

Em depoimento � CPI da Petrobras do Senado, Gabrielli disse que o plano de neg�cios de uma empresa como a Petrobras envolve mais de 700 projetos. Segundo ele, � o conselho de administra��o que decide quais projetos v�o fazer parte do planejamento estrat�gico. "As decis�es do conselho s�o estrat�gicas, n�o s�o operacionais", frisou.

Ele disse que decis�es operacionais ficam com a diretoria executiva. O ex-dirigente da estatal disse que a cl�usula Marlim, prevista em v�rios contratos de refinarias, como a de Pasadena, come�ou a ser usada tamb�m no governo FHC. Essa cl�usula garante um pagamento de dividendo m�nimo a um dos s�cios mesmo em caso de preju�zo.

Pasadena � lucrativa

O ex-presidente da Petrobras afirmou tamb�m que a decis�o de comprar a refinaria de Pasadena, em 2006, foi uma decis�o acertada na �poca em raz�o do momento promissor para o refino de petr�leo e o consumo de derivados no mercado dos Estados Unidos. Ele afirmou que o neg�cio passou a pesar a partir de 2007, ap�s tens�o com a antiga s�cia Astra Oil e uma mudan�a no quadro do mercado americano.

"Era uma refinaria que estava barata. Os primeiros 50% foram comprados a menos da metade do pre�o das refinaria por barril m�dio", disse. "A refinaria daria retorno com manuten��o do mercado de refino leve e pesado", avaliou. "O mercado de consumo de derivados nos Estados Unidos estava bombando em 2003-2007, n�o s� em gasolina mas em demanda de petr�leo pesado", justificou.

A partir de 2007, segundo Gabrielli, a Astra iniciou uma batalha judicial exigindo que a Petrobras assumisse os 50% restantes por meio de seis a��es judiciais e uma a��o em c�mara de arbitragem. "Em 2007, come�amos a ter problemas com o nosso s�cio", disse, listando entre as dificuldades a defini��o de projetos, de pol�tica ambiental e gerenciamento de Pasadena.

"Durante 2007 passamos em conflito de negocia��o", lembrou. Grabrielli, que presidiu a Petrobras 2005 a 2011, declarou que a estatal foi obrigada a comprar os 50% ap�s a decis�o arbitral baseada na cl�usula Marlim, que obrigava a aquisi��o caso um dos s�cios quisessem deixar o neg�cio.

Antes disso, em fevereiro de 2008, o conselho de administra��o da Petrobras recusou a compra. O ex-executivo da Petrobras afirmou que Pasadena passou momentos de preju�zo a partir de 2008, mas voltou a dar lucro. "A partir de 2013, ela volta a ser um bom neg�cio e a partir de 2014 passou a dar lucro", disse.


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