Justi�a italiana nega novo recurso de Pizzolato

Rio e Genebra, 21 - A Corte de Cassa��o Suprema de Roma rejeitou nesta quarta-feira recurso da defesa do ex-diretor do Banco do Brasil (BB) Henrique Pizzolato, que, mais uma vez, tentou tirar o cliente da pris�o de M�dena, na regi�o da Emilia-Romagna, na It�lia, para que ele aguarde em liberdade uma decis�o sobre eventual extradi��o ao Brasil.

Com isso, Pizzolato, condenado no processo do mensal�o, ficar� preso pelo menos at� a audi�ncia, no dia 5. A Corte de Cassa��o Suprema realizou uma audi�ncia na capital italiana ontem sobre a manuten��o dele na cadeia. Pizzolato � considerado foragido da Justi�a do Brasil desde novembro.

Antes da resolu��o, os advogados do ex-diretor do BB consideram que n�o existe risco de fuga do cliente e indicaram que est�o dispostos at� mesmo que ele permane�a em pris�o domiciliar, com o controle de um bracelete. Essa foi a posi��o que Pizzolato j� tinha adotado num primeiro julgamento, em fevereiro, no Tribunal de Recurso de Bolonha. Mas, naquela ocasi�o, a Justi�a apontou que existia o risco de fuga e, para completar, o Tribunal de Recurso n�o tinha naquele momento pulseiras disposi��o.

A apela��o apresentada pela defesa fez com que o caso fosse enviado para a capital. Na hip�tese de uma determina��o favor�vel � soltura de Pizzolato, por�m, advogados envolvidos no processo afirmaram que isso n�o significaria que ele seria solto no mesmo momento da senten�a. O caso voltaria para Bolonha, que, ent�o, decretaria a liberdade de Pizzolato.

Para tentar evitar a extradi��o ao Brasil, os advogados ainda insistir�o na tese de que as condi��es dos c�rceres brasileiros n�o atendem aos princ�pios b�sicos de Direitos Humanos. A reportagem revelou com exclusividade que o Minist�rio P�blico da It�lia j� deu o parecer favor�vel � entrega de Pizzolato e que considera que a situa��o dos pres�dios no Brasil n�o � motivo para n�o devolv�-lo ao Pa�s. Em 5 de outubro, a Justi�a da It�lia realiza a primeira audi�ncia sobre a extradi��o.