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Estado de Minas

PF aponta 'organiza��o criminosa' na Petrobras

Pol�cia Federal cita a exist�ncia de uma poss�vel "uma organiza��o criminosa" que estaria atuando "no seio" da estatal de petr�leo


postado em 22/05/2014 08:49 / atualizado em 22/05/2014 09:13

Bras�lia - A Pol�cia Federal investiga a liga��o entre a compra pela Petrobras da refinaria de Pasadena, nos EUA, e o esquema de lavagem de dinheiro desbaratado em 17 de mar�o pela Opera��o Lava Jato, que envolve suspeitas ligadas � obras na refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Os investigadores citam a exist�ncia de uma poss�vel "uma organiza��o criminosa" que estaria atuando "no seio" da estatal de petr�leo.

Os dois casos t�m um personagem em comum: o ex-diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, que ficou no cargo entre os anos de 2004 e 2012.

A compra de Pasadena, iniciada em 2006 com a aquisi��o de 50% da refinaria de uma empresa belga, a Astra Oil, � cercada de pol�mica em raz�o do pre�o pago pela Petrobr�s. Ap�s o neg�cio ser fechado, a estatal brasileira indicou um integrante para represent�-la no conselho de propriet�rios. Esse representante era Paulo Roberto Costa.

Ap�s um lit�gio envolvendo quest�es contratuais, a Petrobras acabou desembolsando mais de R$ 1,2 bilh�o pela compra de 100% da refinaria. A Pol�cia Federal suspeita que as opera��es envolvendo a unidade tenham sido usadas para pagamento de propinas e "abastecimento de grupos" que atuavam na estatal.

Of�cio

� em um of�cio enviado em 22 de abril ao juiz federal S�rgio Fernando Moro, do Paran�, que o delegado Caio Costa Duarte, da Divis�o de Repress�o a Crimes Financeiros em Bras�lia, cita a exist�ncia de "uma organiza��o criminosa no seio" da estatal, que atuaria desviando recursos, e pede o compartilhamento de provas da Opera��o Lava Jato.

Segundo o of�cio, o "empr�stimo" das provas e do material apreendido na Lava Jato seria de "grande valia" para a condu��o do inqu�rito sobre Pasadena.

"A citada refinaria teria sido comprada por valores vultosos, em disson�ncia com o mercado internacional, o que refor�a a possibilidade de desvio de parte dos recursos para pagamento de propinas e abastecimento de grupos criminosos envolvidos no ramo petroleiro", descreve o delegado. "Acrescentando-se a isto, apura-se poss�vel exist�ncia de uma organiza��o criminosa no seio da empresa Petrobr�s que atuaria desviando recursos com consequente remessa de valores ao exterior e retorno do numer�rio via empresas offshore", completa o policial.

O documento da PF foi lido hoje na C�mara pelo l�der do Solidariedade, Fernando Francischini (PR). "O delegado chefe das investiga��o Pasadena pediu c�pia da opera��o dizendo que descobriu que o ex-diretor da Petrobras era conselheiro da refinaria e da trading na �poca da aquisi��o. E que todo o cruzamento dos dados mostra que o Paulo Roberto estava trazendo dinheiro de fora, via off shore, via Alberto Youssef", afirmou o deputado paranaense.

Celeridade

No of�cio, o delegado sustenta que o compartilhamento das provas traria economia processual e celeridade da investiga��o. "Em linha gerais, adentrando no m�rito do procedimento persecut�rio, a partir da compra de uma refinaria no Estado do Texas/EUA (Pasadena), por parte da Sociedade de Economia Mista Petrobras, poss�veis valores teriam sido enviados ou mantidos no exterior sem a respectiva declara��o aos �rg�os competentes", diz ele.

A Opera��o Lava Jato foi deflagrada em mar�o deste ano para desarticular organiza��es criminosas que tinham como finalidade a lavagem de dinheiro em diversos estados da Federa��o. De acordo com as informa��es fornecidas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF/MF), integrantes do esquema teria movimentado at� R$ 10 bilh�es.

Abreu e Lima

Uma das suspeitas da Pol�cia Federal � que o ex-diretor de Abastecimento da Petrobr�s atuou como elo entre o doleiro e a estatal.

Costa teria atuado, por exemplo, em contratos de obras da Petrobr�s tocadas pelo cons�rcio liderado pela empreiteira Camargo Correa na refinaria Abreu e Lima, em constru��o no Estado de Pernambuco.

O ex-diretor da Petrobr�s nega ter participado de ilegalidades envolvendo a estatal.

Procurada na noite de hoje, a Petrobras informou que n�o tinha conhecimento da nova linha de investiga��o da PF.


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