Alessandra Mello

O senador A�cio Neves, pr�-candidato do PSDB � Presid�ncia da Rep�blica, criticou ontem a pol�tica nacional de seguran�a p�blica, em evento do PP em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. “A inseguran�a cresce no pa�s. Convivemos hoje com a nefasta epidemia do crack, j� vitimando centenas de milhares de fam�lias pelo Brasil, tudo isso sob o olhar complacente e a omiss�o irrespons�vel do governo federal. H� alguns dias, dei uma entrevista falando de propostas para a �rea de seguran�a e, infelizmente, o titular da Justi�a (Jos� Eduardo Cardozo), agindo muito mais como militante partid�rio do que como ministro de todos os brasileiros, apequenou o debate”, disse o senador.
Na quinta-feira A�cio e Cardozo trocaram farpas por causa do assunto. O pr�-candidato tucano criticou a pol�tica de seguran�a p�blica do governo federal e o ministro rebateu dizendo que sua atua��o no Congresso em rela��o ao tema era “p�fia”. Ontem, o senador voltou ao assunto. Segundo ele, o or�amento para a �rea aprovado no Congresso foi contingenciado em 65% pelo Executivo e apenas 10% dos recursos do Fundo Penitenci�rio Nacional foram gastos. “Isso � uma demonstra��o clara de que quem faz marketing com seguran�a � o governo, que se apresenta no momento das crises estaduais e aponta o dedo, tendo algo que poderia fazer e jamais fez”, disse.
A�cio disse que se for eleito vai transformar a pasta de Cardozo em Minist�rio da Justi�a e da Seguran�a P�blica e proibir o contingenciamento de recursos destinados ao combate � viol�ncia. Segundo ele, redefinida, a pasta “coordenar� uma profunda e urgente moderniza��o do nosso c�digo penal e do nosso c�digo de processo penal, que tamb�m o governo, com a sua enorme maioria, n�o fez com que andasse at� aqui”. O senador defendeu tamb�m a aprova��o de um projeto de lei de sua autoria que impede o contingenciamento dos recursos para a seguran�a p�blica. “Eles ter�o o mesmo tratamento dos recursos da educa��o, dada a gravidade dessa quest�o”.
O tucano voltou a criticar o n�mero de minist�rios do governo Dilma Rousseff e reafirmou sua inten��o de reduzir pela metade o n�mero de pastas – hoje s�o 39 – se vencer a disputa pela Presid�ncia da Rep�blica. "Vamos restabelecer a racionalidade da m�quina p�blica brasileira”, prometeu. Segundo A�cio, os minist�rios hoje servem muito mais para a composi��o de uma ampla base aliada do que para ajudar o pa�s. "E a pr�pria base n�o ajuda tanto, porque poucas quest�es estruturais foram solucionadas com ela", disse.
De acordo com A�cio, o ex-governador de Minas Antonio Anastasia, pr�-candidato ao Senado pelo PSDB e respons�vel pela prepara��o do programa de governo tucano, j� est� formatando o projeto para a Esplanada. "Queremos apresentar uma estrutura de governo j� durante a campanha, com vinte e poucos minist�rios", disse o senador, que participou ontem do lan�amento da candidatura da senadora Ana Am�lia Lemos (PP) para o governo ga�cho. No Rio Grande do Sul, o PP formou coliga��o com PSDB e Solidariedade para as elei��es majorit�rias, na contram�o da postura do partido em n�vel nacional, que tende a apoiar a campanha de reelei��o de Dilma Rousseff. (Com ag�ncias)