Ao receber nesta ter�a-feira o apoio do PP � campanha de reelei��o, a presidente Dilma Rousseff (PT) recorreu ao tom eleitoral e fez cr�ticas indiretas ao pr�-candidato a presidente A�cio Neves (PSDB). A estrat�gia de Dilma segue uma linha tra�ada pela c�pula do PT de polarizar a disputa presidencial, neste momento, com A�cio. No discurso para uma plateia composta por integrantes do PP, ela ressaltou que um dos orgulhos do governo � n�o ter ca�do na tenta��o de medidas impopulares para enfrentar a crise econ�mica mundial.
Na fala, a presidente tamb�m comentou, de forma indireta, a falta de consenso no PP em torno da campanha dela. Esta ser� a primeira elei��o em que o partido se coligar� numa chapa presidencial com o PT. A iniciativa deve garantir cerca de um minuto na publicidade eleitoral gratuita de Dilma. Apesar de a ampla maioria se posicionar a favor da atual gest�o, os Diret�rios Estaduais do PP de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul sinalizam que apoiar�o a candidatura presidencial do PSDB.
"Ao longo desse processo, n�s temos situa��es extremas, de conflito, que nem todo mundo concorda conosco. Isso faz parte da democracia, principalmente, num Pa�s t�o diverso como o nosso. Mas tenho certeza que n�s temos um compromisso que � um compromisso com o desenvolvimento econ�mico sustent�vel, social e a redu��o da desigualdade do nosso pa�s", afirmou a presidente.
Na quest�o social, Dilma tamb�m ressaltou a participa��o do Minist�rio das Cidades, comandado pelo PP, na condu��o do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), uma das bandeiras de campanha do PT. "Uma coisa que nunca o Brasil viu. Agrade�o, profundamente, essa parceria, essa alian�a no sentido mais profundo da palavra, que � a capacidade de juntos construirmos algo que � para o bem comum, de todos os brasileiros." Em outro momento de afago ao PP, Dilma mostrou-se grata pela ades�o da bancada da sigla no Congresso � vota��o da proposta que estabeleceu que 75% dos royalties do pr�-sal sejam destinados � �rea de Educa��o.
Copa
A presidente tamb�m criticou a cobran�a do "padr�o Fifa" nas obras da Copa do Mundo. O termo ficou popularmente conhecido com o in�cio das constru��es para a Copa em que a entidade estabeleceu ao Pa�s "padr�es de qualidade" adotados em outras na��es que sediaram o mundial. "Eu acredito que o padr�o Fifa � uma forma incorreta no Brasil de se tratar algumas quest�es. Os aeroportos no Brasil n�o tem padr�o Fifa, tem padr�o Brasil", disse. Logo no in�cio do pronunciamento sobre o torneio, Dilma destacou um artigo publicado pelo jornalista M�rio Magalh�es em que se critica o "padr�o Fifa".
"Fiquei feliz porque tem uma mania no Brasil de olhar os gastos da Copa e fazer uma avalia��o critica da Copa", disse a pr�-candidata do PT � reelei��o. "N�o estamos fazendo aeroporto s� para a Fifa ou s� para a Copa. Estamos fazendo aeroporto para os brasileiros. Se a gente tinha 33 milh�es de brasileiros que viajavam de avi�o e hoje tem 113 milh�es, ampliar os aeroportos, qualific�-los, melhor�-los, � garantir aeroportos para o Brasil."
Dilma tamb�m defendeu que os visitantes do campeonato sejam "bem-recebidos". As declara��es dela ocorrem um dia ap�s integrantes da sele��o brasileira serem alvo de protestos ao se apresentar em Teres�polis, na regi�o serrana do Rio. "Temos de receber muito bem os nossos visitantes porque, quando a gente vai assistir � Copa em outros pa�ses, somos muito bem-recebidos. � esse o �nico legado que a gente deixa para os visitantes. Eles n�o levam aeroporto, est�dio e nenhum projeto de mobilidade urbana realizado. Eles podem levar a certeza que n�s somos um povo gentil, hospitaleiro, civilizado e afetivo", declarou.
Com Ag�ncia Estado