Unica recebe Campos e critica 'falta de a��o' do governo

S�o Paulo, 27 - A presidente da Uni�o da Ind�stria da Cana-de-A��car (Unica), Elizabeth Farina, disse nesta ter�a-feira, 27, que o problema do setor com o governo da presidente Dilma Rousseff n�o � a falta de di�logo mas sim a falta de a��es concretas. "Tenho reuni�o com o governo toda semana, em todos os minist�rios que voc� pode imaginar. O que falta n�o � nem di�logo, � a��o", afirmou. A executiva participou no in�cio da tarde, ao lado de empres�rios do setor sucroalcooleiro, de reuni�o com o pr�-candidato � Presid�ncia pelo PSB, Eduardo Campos. Ela evitou dizer se houve uma empatia com o pr�-candidato, mas disse considerar positiva a atitude de Campos: "A pessoa que quer ouvir, quer se colocar, tem a oportunidade e aproveita esse momento. Eu acho que j� � positivo."

Segundo Elizabeth Farina, a Unica tem aberto o di�logo com os tr�s principais candidatos na corrida ao Pal�cio do Planalto, incluindo a presidente e o senador tucano A�cio Neves. Ela informou que a associa��o enviou no final da manh� um documento para os tr�s com os dados atualizados do setor e pauta de reivindica��es. Esse documento deve ser divulgado pela Unica no fim da tarde de hoje.

A presidente da Unica disse que o documento, assim como a reuni�o com os pr�-candidatos, est� centrado nas estrat�gias para matriz energ�tica e o papel do etanol. "O setor do etanol tem sentido impactos muito negativos da pol�tica macroecon�mica em geral e tamb�m dentro da quest�o da matriz de energia el�trica. Hoje, s� 40% das usinas exportam energia para o sistema; essa fatia poderia ser bem maior", disse Elizabeth. Sobre uma poss�vel resist�ncia do setor em rela��o � vice na futura chapa de Campos, Marina Silva, conhecida por defender causas ambientalistas, Elizabeth disse que n�o h� "preocupa��o com a figura de ningu�m". "A candidatura do Eduardo Campos � fortemente baseada na quest�o ambiental, mas acho que, se tem uma ind�stria que � ambientalmente colaborativa, � a ind�stria da cana-de-a��car", refor�ou a executiva.

Ao sair do encontro, Campos avaliou a conversa com os empres�rios como bastante positiva e repetiu que, em um poss�vel futuro governo, ter� uma estrat�gia para "resgatar o setor da situa��o que ele vive", lembrando que recentemente 40 usinas de cana-de-a��car fecharam e v�rias pediram recupera��o judicial, em consequ�ncia da pol�tica do governo federal de manter os pre�os da gasolina controlados. "Vimos o setor ser extremamente estimulado e hoje ele est� esquecido. N�s viemos dizer que entendemos que eles t�m uma import�ncia estrat�gica para que o Brasil possa ter uma matriz energ�tica mais e mais renov�vel", disse o pr�-candidato.