A aposentadoria do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, ocorre fora da brecha legal para que ele possa se candidatar a algum cargo nas elei��es deste ano. Barbosa foi cortejado pela maioria dos partidos do Pa�s. Ele chegou a ser cogitado como vice na chapa do senador A�cio Neves (PSDB-MG) para disputar o Pal�cio do Planalto e at� foi apontado como nome certo para o Senado pelo Rio de Janeiro. Os convites, contudo, n�o se concretizaram e n�o poder�o mais se concretizar. Isso porque existem quatro resolu��es do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinando que ju�zes precisam se descompatibilizar de seus cargos com pelo menos seis meses de anteced�ncia das elei��es caso queiram concorrer. Na �ltima resolu��o, de mar�o de 2006, o ministro C�sar Asfor Rocha voltou a confirmar a regra definida pela Lei Complementar nº 64/1990.
Na sa�da do encontro com Alves, Barbosa foi questionado quando formalizaria sua aposentadoria e deu como resposta um "hoje � tarde". Apesar do sil�ncio nos corredores do Congresso, Barbosa relatou aos senadores peemedebistas Renan Calheiros (AL), Eun�cio Oliveira (CE) e Eduardo Braga (AM) que pretende deixar o cargo em junho, alugar um apartamento em Bras�lia e dividir sua resid�ncia entre a capital federal e o Rio de Janeiro.
"Ficamos surpresos. A gente estava tomando caf� da manh� na casa do Renan e viemos encontrar com o Joaquim Barbosa, que pediu audi�ncia. Ningu�m sabia a pauta", comentou Eun�cio Oliveira. Segundo ele, o ministro do STF iniciou a conversa dizendo: "Vim aqui pra dizer que vou me aposentar. "Ele disse que vai alugar um apartamento pequeno e modesto em Bras�lia e se dividir entre aqui e o Rio", contou.
Antes de passar pelo Congresso, Barbosa esteve com a presidente Dilma Rousseff. De acordo com Henrique Alves, Dilma ficou surpresa com o comunicado do presidente do Supremo.
