Bras�lia, 30 - Integrantes de partidos da base aliada da C�mara defendem que a CPI mista da Petrobras foque suas investiga��es nos personagens centrais da estatal e chegam at� a apoiar a proposta, feita esta semana pela oposi��o, de quebrar o sigilo banc�rio do ex-presidente da empresa Jos� S�rgio Gabrielli. Na pr�xima segunda-feira (2), o relator da comiss�o, deputado Marco Maia (PT-RS), vai apresentar um plano de trabalho que deve ser questionado pela base e pela oposi��o.
A maior preocupa��o do Pal�cio do Planalto � com os deputados aliados. A avalia��o � a de que, ao contr�rio da CPI formada apenas pelos senadores, na CPI mista, que inclui a C�mara, o controle � menor, dada a insatisfa��o dos deputados. Eles defendem que as investiga��es sejam concentradas, destacando o fato de que a comiss�o, com 180 dias de prazo para funcionar, vai atuar durante o per�odo da Copa do Mundo, das conven��es partid�rias e da campanha eleitoral.
Para o l�der do PMDB na C�mara, Eduardo Cunha (RJ), a CPI mista deveria, no in�cio, requisitar documentos de investiga��es e da Justi�a e pedir a quebra de sigilos banc�rio, fiscal e telef�nico dos suspeitos de envolvimento em irregularidades. "N�o adianta chamar para depor agora", avaliou o peemedebista, que meses atr�s liderou uma rebeli�o da base contra o Planalto.
Com o aval da bancada do partido, Cunha afirmou que vai propor, na reuni�o que decidir� o roteiro de trabalho da CPMI, que a apura��o sobre compra da refinaria de Pasadena poderia come�ar pela requisi��o de todos os documentos que est�o nos �rg�os de fiscaliza��o e os processos de arbitragem e judiciais que correram foram do Pa�s.
O deputado Arnaldo Faria de S� (PTB-SP), ex-integrante da CPI dos Correios, que apurou o esc�ndalo do mensal�o, em 2005, disse ser favor�vel a analisar documentos ao mesmo tempo em que s�o convocadas autoridades e envolvidos para depor. "Tem coisa errada (na Petrobras), o que falta � materializar", afirmou.
Na avalia��o do petebista, o melhor per�odo da estatal para se achar "alguma coisa" � durante a presid�ncia de Gabrielli, de 2005 a 2012. "Apoio a quebra de sigilo dele", disse, referindo-se � sugest�o feita na primeira reuni�o da CPI pelo pr�-candidato do PSDB � Presid�ncia, senador A�cio Neves (MG).
O deputado J�lio Delgado (PSB-MG), ligado ao tamb�m presidenci�vel Eduardo Campos, defendeu que a comiss�o foque em aprovar no m�ximo 15 requerimentos e n�o abra muito o leque de investiga��es no programa de trabalho do relator. "A gente n�o pode ficar tergiversando", avaliou.
O socialista citou como o "foco" da CPI mista a investiga��o de Pasadena e das suspeitas que envolvem os ex-diretores da Petrobras Nestor Cerver� (respons�vel pelo parecer que avalizou a compra da refinaria) e Paulo Roberto Costa (preso at� recentemente pela Pol�cia Federal no curso da Opera��o Lava Jato).