
A presidente da Petrobras, Gra�a Foster, se recusou nesra segunda-feira a comentar as declara��es do ex-diretor de abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, sobre falhas no planejamento da constru��o da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco. "N�o � que n�o queira (falar), eu n�o posso falar", disse a presidente Gra�a Foster, ao deixar um semin�rio sobre energia na manh� desta segunda-feira.
Acusado de participar de um esquema de desvio de recursos da petroleira, Paulo Roberto afirmou, em entrevista no �ltimo domingo, que a estatal fez "conta de padaria" para definir o or�amento da obra. A refinaria foi or�ada em US$ 2,5 bilh�es, ainda em 2005, quando foi aprovada pela diretoria executiva da estatal. Nove anos depois e com as obras atrasadas, o or�amento explodiu para mais de US$ 18,5 bilh�es.
Segundo o ex-diretor da empresa, a Petrobras errou ao divulgar o valor inicial "sem saber quanto a refinaria iria custar, sem ter projeto". Costa tamb�m negou que tivesse envolvimento com o neg�cio, que seria de responsabilidade da �rea de servi�os da estatal. O ex-diretor disse apenas que "era dono do or�amento, mas n�o comandava a obra".
Paulo Roberto Costa deixou o cargo de diretor de abastecimento da Petrobras em abril de 2012, pouco mais de dois meses ap�s a posse de Gra�a Foster como presidente da estatal. Naquele mesmo ano, a presidente criticou duramente a escalada de pre�os da refinaria. Gra�a classificou o caso como "uma li��o a aprender" e foi taxativa ao dizer que os projetos de novas refinarias seriam revistos para "n�o repetir o que ocorreu na refinaria no Nordeste brasileiro".
Ap�s a ampla repercuss�o do sil�ncio de Gra�a Foster sobre o caso, a assessoria de imprensa da estatal informou que a executiva n�o tem qualquer impedimento para comentar as declara��es. A vers�o da empresa � que a executiva estava atrasada para outro compromisso e por isso n�o poderia responder �s perguntas dos jornalistas naquele momento.