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Estado de Minas

Plano da CPI deixa de lado fornecedores da Petrobras


postado em 02/06/2014 21:01

Bras�lia, 02 - Elaborado com aval do Pal�cio do Planalto, o plano de trabalho apresentado nesta segunda-feira na CPI mista da Petrobras tem dois objetivos: mirar a oposi��o, em uma reedi��o do script seguido pela comiss�o exclusiva com os senadores; e focar as investiga��es mais em personagens pol�ticos do que em empresas fornecedoras da Petrobr�s.

No domingo, o jornal

O Estado de S. Paulo

mostrou que est� em curso um acordo entre a base aliada e a oposi��o para poupar fornecedores da estatal que s�o tamb�m financiadores de campanhas eleitorais. Dos 32 integrantes da comiss�o, pelo menos 15 receberam doa��es para suas campanhas nas elei��es de 2010 de empresas do porte da OAS e da Camargo Corr�a. Requerimentos para quebrar o sigilo de ambas, por exemplo, ser�o ignorados.

O cronograma de trabalho que deve ser votado amanh� se baseia em depoimentos de personagens, como o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, do doleiro Alberto Youssef e do tamb�m ex-diretor Nestor Cerver�. A proposta do relator da CPI, deputado Marco Maia (PT-RS), � ouvir a presidente da Petrobras, Gra�a Foster, e o antecessor, Jos� Sergio Gabrielli, mais adiante. Ambos j� depuseram na CPI do Senado e na Comiss�o Externa na C�mara. "Eles j� foram ouvidos exaustivamente e, nesse momento, ouvi-los novamente seria mais do mesmo", destacou Maia durante a reuni�o. O roteiro s� n�o foi aprovado hoje porque houve um pedido de vistas coletiva para que os parlamentares avaliassem o teor do texto e retomassem as discuss�es amanh�, com a aprova��o do cronograma e dos primeiros requerimentos.

Oposi��o

O acordo entre a base e a oposi��o para blindar os fornecedores da Petrobras, por�m, n�o se estende ao aspecto pol�tico. Nesse sentido, a base quer aproveitar a maioria governista para destacar den�ncias de superfaturamento sob a gest�o do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, al�m de elencar irregularidades no Porto de Suape, num ataque a Eduardo Campos (PSB), advers�rio da presidente Dilma Rousseff nas urnas.

As refer�ncias � oposi��o aparecem em tr�s dos quatro eixos de investiga��o do roteiro. No primeiro deles, referente � compra da refinaria de Pasadena, o relator prop�e investigar o fato de a Petrobras, em 2001, ter promovido uma troca de ativos com a companhia �bero-argentina Repsol YPF para conseguir o controle da refinaria de Bahia Blanca, no pa�s vizinho. A suspeita � de que a opera��o tenha causado um preju�zo de US$ 2,5 bilh�es � Petrobras e � alvo de um processo no Superior Tribunal de Justi�a. Em rela��o a Pasadena, ativo que a pr�pria Petrobras reconhece ter perdido US$ 530 milh�es com a opera��o, n�o h� qualquer men��o.

No eixo referente � seguran�a das plataformas, trechos dos planos de trabalho das duas CPIs chegam a ser copiados integralmente. "Em 2001, por exemplo, o Brasil assistiu at�nito ao naufr�gio da plataforma P-36, no campo do Roncador, Bacia de Campos, a 130 quil�metros da costa do Rio de Janeiro", registram os documentos. Eles citam que a trag�dia tirou a vida de 11 trabalhadores e um custo para a estatal de US$ 2,2 bilh�es. No caso das obras de constru��o da refinaria de Abreu e Lima, o terceiro eixo, o relat�rio de ambos quer tamb�m investigar as obras de interliga��o entre ela e o p�er do Porto de Suape, suspeita de ter irregularidades na �poca em que Campos era o governador de Pernambuco.


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