Polariza��o j� cansou o Brasil, diz Campos

Porto Alegre, 04 - O pr�-candidato do PSB � Presid�ncia da Rep�blica, Eduardo Campos, afirmou na tarde desta quarta-feira na capital ga�cha n�o ter d�vidas de que a polariza��o entre PT e PSDB na pol�tica nacional ser� rompida. "A polariza��o j� cansou o Brasil, estamos vendo isso em v�rios lugares", disse em entrevista coletiva.

Ele revelou que a popula��o sabe que, dividido, o Pa�s n�o dar� conta da agenda que h� pela frente, que, segundo ele, envolve mais investimento em �reas como educa��o e sa�de. "Temos que superar a polariza��o de duas for�as que j� tiveram chance de governar, fizeram algumas coisas e deixaram de fazer muitas outras coisas", afirmou. "O que eles (PT e PSDB) t�m que deixar agora � que o Brasil seja devolvido para os brasileiros."

De acordo com Campos, esta "nova pol�tica" passa pelo debate program�tico em torno de temas importantes para a sociedade, al�m de mudan�as no sistema de alian�as e na forma de governar. "� dizer que n�o vamos governar com o (Jos�) Sarney nem com o (Fernando) Collor", explicou. "Vamos buscar que a sociedade fa�a uma parte das mudan�as (nas urnas), e n�s faremos a outra."

Barbosa

Campos disse tamb�m que o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, marcou a vida do judici�rio brasileiro pela sua postura � frente do STF. Campos tamb�m afirmou que, ao anunciar a sua aposentadoria ap�s o dia 5 de abril - considerado o prazo-limite para que ju�zes e ministros de cortes superiores se desincompatibilizassem de seus cargos para disputar cargos eletivos em outubro -, Barbosa "deu um recado a todo bom entendedor".

"Ele disse 'vou sair (do STF), mas vou ser ineleg�vel', fez desta forma", explicou. Segundo Campos, o ministro quis se distanciar do processo eleitoral imediato e evitar especula��es em torno de uma poss�vel candidatura. "Ele estabeleceu uma esp�cie de quarentena", afirmou.

Petrobras

Perguntado sobre a CPI da Petrobras, o pr�-candidato disse que � preciso "esperar para ver o resultado". Campos tamb�m lembrou que outras esferas est�o investigando a empresa, como o judici�rio, a Pol�cia Federal e o Minist�rio P�blico. "Ent�o aqueles que est�o no Parlamento e acham que v�o interromper ou desviar o assunto precisam ter cuidado, porque a verdade vir� � tona", comentou. Segundo Campos, o valor de mercado da Petrobras caiu pela metade desde o in�cio do governo de Dilma Rousseff. "Voc� imaginar quer tudo isso acontece e que a sociedade brasileira n�o vai ter o direito de saber? � �bvio que vai ter."

No Rio Grande do Sul, o PSB est� na coliga��o com o PMDB, aliado de Dilma Rousseff no plano nacional. Campos foi a Porto Alegre para participar de compromissos pol�tico-partid�rios ao longo do dia e, na parte da noite, deve estar em ato pol�tico ao lado do pr�-candidato do PMDB ao governo do Estado, Jos� Ivo Sartori, e do deputado Beto Albuquerque, do PSB, que ficar� com a vaga ao Senado na chapa.