Para Marina, apoio a Alckmin � equ�voco

S�o Paulo, 08 - A pr�-candidata a vice na chapa do PSB � Presid�ncia da Rep�blica, a ex-ministra Marina Silva, divulgou nota ontem criticando o apoio de seu partido � reelei��o de Geraldo Alckmin (PSDB) ao governo de S�o Paulo. Marina afirma que a alian�a com o governador tucano � um "equ�voco" e que a Rede Sustentabilidade, caso a indica��o n�o seja revertida, seguir� "caminho pr�prio e independente" no Estado.

Anteontem, o diret�rio paulista do PSB aprovou por unanimidade um indicativo de apoio a Alckmin. A decis�o representou um rev�s para a ex-ministra e seu grupo, que travavam uma batalha dentro do partido em defesa da candidatura pr�pria em S�o Paulo. A decis�o tamb�m ignora o acordo feito entre Marina e o pr�-candidato do PSB � Presid�ncia, Eduardo Campos, de a sigla lan�ar candidato no maior col�gio eleitoral do Pa�s.

"Consideramos necess�rio manter independ�ncia e lan�ar uma candidatura pr�pria, que d� suporte ao projeto de mudan�a para o Brasil liderado por Eduardo Campos, e que d� ao povo de S�o Paulo a chance de fazer essa mudan�a tamb�m no �mbito estadual", escreveu a ex-ministra.

Desde que a Rede Sustentabilidade se uniu ao PSB, em outubro de 2013 - ap�s o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negar o registro � legenda por n�o atingir o n�mero m�nimo de assinaturas necess�rias -, h� diverg�ncias internas entre os grupos, sempre minimizadas por Campos, presidente nacional do partido. A alian�a com o PSDB em S�o Paulo, desejo do presidente estadual do PSB, M�rcio Fran�a, � uma das disputas internas mais importantes.

Durante o encontro de anteontem, o nome de Fran�a foi lan�ado para ocupar o lugar de vice na futura chapa encabe�ada por Alckmin. O posto tamb�m � cobi�ado pelo ex-prefeito de S�o Paulo Gilberto Kassab. Presidente nacional do PSD, Kassab deixa em aberto a possibilidade de concorrer ao Pal�cio dos Bandeirantes. No plano nacional, ele tem garantido apoio do partido � reelei��o da presidente Dilma Rousseff.

O apoio a Alckmin precisa ser confirmado na conven��o estadual do PSB, prevista para o dia 21 deste m�s. Eduardo Campos tem afirmado, contudo, que n�o pretende fazer uma interven��o no diret�rio paulista para impedir a alian�a com o governador tucano.

Polariza��o

Na nota divulgada ontem, Marina ressalta que a Rede busca criar uma alternativa "que supere a velha polariza��o PT-PSDB, e que proporcione apoio efetivo � candidatura de Eduardo Campos". Em seguida, a ex-ministra afirma que espera que os "companheiros do PSB" n�o levem adiante essa indica��o de apoio ao tucano.

"Nesse sentido, manteremos o di�logo aberto e respeitoso. Mas, desde j�, deixamos clara nossa posi��o de que, caso essa indica��o n�o seja revertida, seguiremos caminho pr�prio e independente em S�o Paulo", destacou a ex-ministra, que ocupou a pasta do Meio Ambiente durante o governo do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.

Dirigentes do PSB paulista argumentam que a alian�a com o PSDB seria o melhor caminho para a legenda aumentar suas chances de vit�ria na corrida presidencial. Apostam que o distanciamento entre Alckmin e o pr�-candidato do PSDB ao Planalto, senador A�cio Neves (MG), pode favorecer a vota��o de Campos no Estado.

O ex-governador de Pernambuco aparece em terceiro lugar nas pesquisas de inten��o de voto, atr�s de Dilma e de A�cio, respectivamente. Os levantamentos mostram ainda que as inten��es de voto em Campos est�o estagnadas ou em queda. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.