Apoio do PSB a Alckmin gera primeira crise com Marina

A decis�o do PSB paulista de aprovar um indicativo de apoio � candidatura de Geraldo Alckmin em S�o Paulo provocou a primeira crise na alian�a entre o partido e a Rede Sustentabilidade de Marina Silva. No momento em que a candidatura de Eduardo Campos � Presid�ncia da Rep�blica cai nas pesquisas de inten��o de voto, a Rede espera que a Executiva Estadual do PSB volte atr�s da decis�o da �ltima sexta-feira (6), sob a amea�a de apoiar outro candidato no Estado. A c�pula do PSB acha dif�cil mudar sua posi��o.

"Passamos os �ltimos seis meses discutindo (o palanque estadual) e nenhuma proposta conseguiu conciliar (os interesses). Se a Rede tivesse aprovado meu nome, talvez n�o tiv�ssemos chegado a esse impasse", criticou deputado M�rcio Fran�a, presidente do diret�rio estadual do PSB de S�o Paulo.

A 20 dias da conven��o que vai chancelar a candidatura de Campos, o ex-governador de Pernambuco ligou para Marina para dizer que havia se esfor�ado para vencer a resist�ncia do diret�rio paulista e emplacar uma candidatura pr�pria (como quer a Rede). Ele lamentou n�o ter conseguido convencer a milit�ncia de S�o Paulo.

Marina n�o cogita a hip�tese de deixar a chapa de Campos, mas deixou claro sua insatisfa��o ao publicar nas redes sociais uma nota chamando a alian�a em S�o Paulo de "equ�voco". O diret�rio paulista da Rede se reunir� na pr�xima quarta-feira (11) para discutir quem poderia ganhar o apoio dos "marineiros" na sucess�o estadual. "Acreditamos que at� a conven��o (do PSB) essa posi��o pode ser revertida", afirmou o porta-voz nacional da Rede, o deputado Walter Feldman (SP).

Embora dirigentes da Rede sejam oficialmente filiados ao PSB, Fran�a ressalta que a Rede Sustentabilidade � um outro partido, que assumiu o compromisso de n�o interferir em quest�es internas do PSB. Uma eventual mudan�a de posi��o s� seria poss�vel na conven��o estadual, marcada para o dia 20 deste m�s. A conven��o nacional ser� no dia 28 em Bras�lia.

Logo que Marina divulgou a nota recha�ando a alian�a com os tucanos em S�o Paulo, Fran�a tamb�m usou as redes sociais para dizer que respeitava a ex-senadora, mas que a decis�o era fruto de uma vota��o no diret�rio. Desta forma, o dirigente considera remota a possibilidade de qualquer interven��o no diret�rio. "S� admito veto se a pessoa for ligada � desonestidade. E o Alckmin � um s�mbolo de retid�o", defendeu Fran�a. Na ter�a-feira (10), a dire��o do PSB tamb�m deve se reunir em S�o Paulo para discutir os rumos da campanha e o palanque paulista.

Os aliados de Marina pregam uma candidatura pr�pria nos Estados, principalmente em S�o Paulo, como forma de desconstruir a polariza��o entre PSDB e PT. "Ali (em S�o Paulo) � uma coliga��o eleitoral e a nossa alian�a com o Eduardo � program�tica. Queremos uma express�o da nova pol�tica em S�o Paulo e n�o h� a possibilidade de apoio a uma chapa sob o comando do PSDB", resumiu Feldman. "Se tivesse uma solu��o melhor (que o apoio a Alckmin), j� ter�amos chegado a ele", afirmou Fran�a.