
O presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, reafirma que o partido apoiar� a reelei��o de Dilma Rousseff (PT). Qual ser� a posi��o do PP de Minas na conven��o da legenda em 25 de junho?
Respeitamos o direito do presidente do partido de se pronunciar e se manifestar. Mas existe a conven��o, que � o f�rum adequado para a decis�o partid�ria. Estamos trabalhando, conversando e temos a posi��o de v�rios estados que apoiam a candidatura do senador A�cio Neves. Dois deles, o Rio Grande do Sul e o Amazonas, com duas candidatas ao governo pelo PP, a senadora Ana Am�lia e a deputada Rebecca Garcia.
Quais s�o as bancadas que apoiam a sua tese?
A bancada do PP tem 40 deputados federais e cinco senadores. Temos 22 deputados federais e dois senadores que apoiam a A�cio Neves. E em Alagoas, onde o senador Benedito Lira (PP) � candidato ao governo em composi��o com o PSB, o deputado Arthur Lira (PP) est� com Eduardo Campos. Na minha contabilidade, temos no Rio Grande do Sul seis deputados e uma senadora, em Minas Gerais, quatro deputados, em Santa Catarina, tr�s, e no Rio, outros tr�s deputados, al�m de um senador. Em Goi�s, onde a chapa majorit�ria � encabe�ada pelo PSDB com o PP de vice, temos dois deputados federais. No Amazonas, uma deputada, no Paran�, dois deputados e no Acre, um. Ao todo, s�o 22 deputados com A�cio e um com Eduardo Campos. S�o s� 17 com a tese de Ciro Nogueira.
O PP est� na base do governo Dilma Rousseff (PT), inclusive com o Minist�rio das Cidades…
Vivemos o presidencialismo de coaliz�o. Isso se repete sucessivamente pelo processo pol�tico existente no pa�s para adquirir a chamada governabilidade. Mas o compromisso se acaba com o encerramento do governo. Neste momento, em que se deflagra um horizonte a partir de 2014, v�rios partidos v�o se reposicionar dentro de suas realidades nacionais e considerando os estados. Todos advogamos o aprimoramento desta realidade. Mas sabemos que qualquer governo que seja vitorioso precisa fazer a maioria no Congresso. O que assegura aos partidos m�dios e grandes naturalmente uma liberdade grande, pois amanh�, se o seu candidato n�o tiver �xito, ser�o chamados para compor a governabilidade. E isso � o que acontece com o PP. Nas duas �ltimas elei��es nacionais, o PP ficou neutro.
O que pretendem fazer na conven��o no dia 25?
Levaremos a posi��o de apoiar o senador A�cio Neves (PSDB). Caber� � Executiva dois caminhos: ou atender � maioria ou prevalecer o princ�pio da unidade partid�ria, n�o haver a coliga��o nacional, manter a neutralidade, e cada estado conduz o processo dentro de sua realidade. Essa reg�ncia levou em outras oportunidades o partido a n�o se dividir. Mas a posi��o de Minas Gerais, da bancada e do governador � de apoio ao senador A�cio Neves.
Essa maioria de deputados que apoiam a candidatura de A�cio Neves tem votos na conven��o para derrotar a tese de apoio � reelei��o de Dilma Rousseff?
H� uma proporcionalidade na forma��o do diret�rio nacional que reflete a dimens�o do partido em seus estados. Os delegados s�o indicados pelos deputados. As bancadas est�o arregimentando. H� vincula��o estreita entre delegados, parlamentares e senadores.