S�o Paulo, 11 - O Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP) aprovou nesta quarta-feira, por unanimidade, as contas do governo Geraldo Alckmin (PSDB), exerc�cio de 2013, sem ressalvas, mas com 97 recomenda��es e sugest�es nas diversas �reas da administra��o.
A relatora, conselheira Cristiana de Castro Moraes, n�o teceu esfor�o de Alckmin na execu��o or�ament�ria. Ela sugeriu, ao abordar pagamentos de pessoal nas universidades estaduais, que a corte de contas instale uma investiga��o espec�fica com rela��o a esse tipo de desembolso. O Pleno da corte tem sete conselheiros. Todos referendaram o balan�o financeiro da gest�o Alckmin.
O decano do TCE, Antonio Roque Citadini, se insurgiu severamente contra o estoque da d�vida ativa do Estado. Ele recriminou o acordo de financiamento celebrado h� 16 anos (governo de M�rio Covas). Para Citadini, o acordo foi um "ato criminoso e lesivo". "Somos v�timas, pagamos R$ 1 bilh�o todo m�s por uma d�vida que nunca vamos conseguir pagar. Na ocasi�o, o TCE alertou que esse acordo era prejudicial. Tenho f�, mas n�o vejo luz no horizonte", disse o decano.
O conselheiro prosseguiu na cr�tica ao acordo. "Fomos v�timas de uma armadilha montada pelo mercado financeiro. Est�o sugando R$ 1 bilh�o por m�s. Isso aqui (o parcelamento) � uma vaca com tetas maravilhosas. A d�vida do Estado produz leite de sobra para o mercado financeiro", afirmou.
No ano passado, o TCE tamb�m aprovou as contas de Alckmin relativos a 2012. Na ocasi�o, o relator foi o conselheiro Robson Marinho. Na quarta-feira passada, ele se afastou do tribunal. Sob suspeita de ter recebido US$ 2,7 milh�es da multinacional francesa Alstom, Marinho licenciou-se do cargo diante de iminente decis�o judicial sobre pedido do Minist�rio P�blico para seu afastamento. A cadeira que Marinho ocupou por 18 anos agora � do conselheiro Valdenir Antonio Polizeli, auditor de carreira do TCE, que a exemplo dos seus pares, tamb�m aprovou as contas do governador.