Para a presidente Dilma Rousseff, mais do que o apoio formal do PMDB ou a confirma��o de Michel Temer como seu vice, est�o em jogo na conven��o nacional os cerca de 3 minutos de tempo de TV que o partido pode oferecer � sua candidatura. Desde as elei��es de 1994, apenas uma vez um candidato com menos tempo de TV no primeiro turno venceu as elei��es: Luiz In�cio Lula da Silva em 2002.
Com ou sem o apoio do PMDB, a presidente Dilma Rousseff deve ter mais tempo de TV que seus advers�rios. Mesmo sem a oficializa��o das alian�as, estimativas apontam que Dilma ter� perto do dobro do tempo de TV de A�cio Neves (PSDB). "Para a Dilma, � imprescind�vel ter muito tempo. Ela est� no mandato e vai sofrer ataques de todos os lados. Ela vai ter que dividir seu programa em tr�s para se defender, mostrar o que fez e apresentar propostas", avalia o especialista em marketing pol�tico Sidney Kuntz.
Em entrevista ao Broadcast Pol�tico, servi�o em tempo real da Ag�ncia Estado, o marqueteiro de A�cio Neves, Paulo Vasconcellos, minimizou a desvantagem de seu cliente. "Sempre perguntam qual � o tempo ideal. Eu gosto de 8 (minutos em cada bloco de 25). � o meu n�mero da sorte. Mas perto de 5 (minutos) n�o ser� um tempo ruim. Ter muito tempo tamb�m � um problema porque precisa encher uma lingui�a danada."
O cientista pol�tico Humberto Dantas reconhece o peso do tempo de TV em uma disputa eleitoral, mas alerta para outros fatores envolvidos na disputa. "A despeito do tempo de TV, h� um impacto da campanha dos Estados nas elei��es para presidente. � importante ter palanque, ter aonde ir. Isso ganha o notici�rio local e ganha repercuss�o", afirma Dantas.
M�DIAS SOCIAIS
Dantas lembra ainda que, pela primeira vez, a internet e as redes sociais podem ter um papel crucial em uma campanha presidencial no Brasil. Para o cientista, ainda n�o � poss�vel saber se a campanha das redes vai ocupar um espa�o que era tradicionalmente do hor�rio eleitoral, mas j� � poss�vel perceber que a propaganda pol�tica, oficial ou n�o, em blogs ou nas redes sociais, ganhar� import�ncia. "Se olharmos o Facebook h� quatro anos, perceberemos um crescimento brutal. Na �ltima elei��o, em 2010, eram 8 milh�es de usu�rios do Brasil, hoje s�o cerca de 80 milh�es", analisa.
O marqueteiro Sidney Kuntz vai ainda mais longe. Para ele, a interatividade da internet � o fato novo neste pleito. "Na TV, o cara fala o que quer. Na internet, � a exposi��o das ideias e o debate pol�tico. O papel da internet, chego a dizer, � t�o importante quanto o da televis�o", afirma.