Bras�lia, 21 - A polariza��o com o PSDB na campanha presidencial de 2014 foi a marca do discurso do presidente nacional do PT, Rui Falc�o, em discurso feito h� pouco na conven��o nacional petista, que est� sendo realizada em Bras�lia. Esse encontro tornou oficial o lan�amento da presidente Dilma Rousseff � reelei��o pelo PT. Rui Falc�o disse que ela foi oficializada com a realiza��o do ato, ou seja, da conven��o que est� ocorrendo agora.
Assim como j� tinha falado hoje, um pouco mais cedo, o ministro da Secretaria-Geral da Presid�ncia, Gilberto Carvalho, Falc�o tamb�m falou sobre "�dio", em refer�ncias indiretas aos tucanos. O presidente do PT disse que os "semeadores de �dio colhem o desd�m do povo" e que "a presidenta, que plantou as sementes da conc�rdia, vai colher nas urnas o apoio popular".
Falc�o fez um desagravo �s vaias contra Dilma, criticou setores da imprensa e defendeu o pol�mico decreto que instituiu a Pol�tica Nacional de Participa��o Social. Ele concentrou o discurso em cr�ticas indiretas aos tucanos. "Tudo isso incomoda os nossos advers�rios. Sim, porque a compara��o do nosso projeto com o deles lhes � amplamente desfavor�vel", citou, em trecho do discurso.
O dirigente tamb�m citou declara��es feitas pelo candidato presidencial do PSDB, A�cio Neves, na conven��o dos tucanos realizada no �ltimo s�bado. "O cotejo de projetos � t�o desvantajoso que um dos nossos advers�rios invocou um tsunami para nos varrer do mapa, como se no rold�o levasse junto o legado dos governos petistas. Antes dele, outros tamb�m prometeram acabar com a nossa ra�a. Acabaram antes: direitistas convictos subitamente travestiram-se em socialistas de ocasi�o, ornamentando novos palanques com sua ideologia de museu", disparou o petista.
Medo
O mote do "medo" inserido nas propagandas do partido tamb�m integrou o texto no trecho em que Falc�o ressaltou que os advers�rios ir�o mudar a pol�tica do sal�rio m�nimo, promover o desemprego, cancelar direitos, debilitar o Bolsa Fam�lia e cortar subs�dios do BNDES e do Minha Casa Minha Vida. "N�o vamos permitir retrocessos, nem a volta a um passado de recess�o, arrocho e desemprego, cuja figura-s�mbolo, antes condenada ao ostracismo pelos parceiros, agora ressurge como guru nas conven��es dos tucanos, pontificando como sempre e falando contra a corrup��o que nunca combateu quando governou", afirmou, em refer�ncia indireta ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Ele tamb�m reservou parte do discurso para fazer um desagravo aos xingamentos direcionados � presidente Dilma Rousseff na abertura da Copa do Mundo. Falc�o tamb�m enalteceu a import�ncia da alian�a que dever� se formar em torno de Dilma, com cerca de dez partidos aliados. O petista destacou ainda cr�ticas � imprensa. "A democracia exige um ambiente de comunica��o em que mais pessoas possam falar e ser ouvidas, em que a diversidade e a pluralidade de ideias existente no Pa�s - e n�o o pensamento �nico do "Grande Irm�o"- possam se expressar de forma equilibrada na m�dia em geral".
O decreto da presidente Dilma que instituiu a Pol�tica Nacional de Participa��o Social e vem gerado pol�mica entre os congressistas tamb�m foi lembrado no discurso. "O decreto nada mais fez que consolidar mecanismos existentes. Eles n�o entendem que a democracia e o amadurecimento de uma Na��o requerem participa��o da sociedade".