Bras�lia, 24 - Para garantir a alian�a com a presidente Dilma Rousseff sem explicitar o racha na legenda, a c�pula do Partido Progressista (PP) trabalha na v�spera da conven��o prevista para esta quarta-feira, 25 com objetivo de levar a decis�o sobre o apoio � reelei��o da presidente Dilma Rousseff somente � executiva nacional.
A manobra, no entanto, dever� ser questionada pelos dois principais diret�rios rebeldes: Minas Gerais e Rio Grande do Sul. O governador mineiro, Alberto Pinto Coelho (PP), informou que apresentar�, junto com a senadora Ana Am�lia (PP-RS), uma mo��o para seja inserida na c�dula de vota��o nesta quarta a neutralidade do partido na disputa presidencial. Dessa forma, o tempo de r�dio e TV seria dividido entre todos os candidatos, assim como foi feito na elei��o de 2010.
A restri��o da decis�o � executiva nacional, composta por cerca de 90 integrantes, � capitaneada pelo presidente da legenda, senador Ciro Nogueira (PI). Ao retirar a quest�o da vota��o ampla, com delegados de todos os Estados na conven��o, a ideia � evitar que a ala rebelde consiga um placar que cause constrangimento � alian�a nacional com o PT. Desde a manh� desta ter�a-feira, 24, Nogueira tem se reunido com integrantes do partido. Nos encontros, segundo interlocutores, tem dito que "n�o quer cometer o mesmo erro de outros partidos", numa refer�ncia � conven��o nacional do PMDB, realizada no �ltimo dia 10 e em que 41% dos votos foram a favor do rompimento com a presidente Dilma na disputa eleitoral deste ano.
Apesar de o PP comandar o Minist�rio das Cidades, h� tr�s teses que circulam dentro do partido: chancelar o acordo com os petistas j� na conven��o, declarar a neutralidade ou transferir a palavra final para a executiva.
"Em tese, vai ter a delega��o para a executiva do partido, que j� foi ouvida na sua maioria. Todos os parlamentares de todas as correntes est�o ali representados", afirmou Ricardo Barros, integrante da executiva nacional do PP.
Al�m de Alberto Pinto Coelho e Ana Am�lia, lidera o grupo dissidente o senador Francisco Dornelles (PP-RJ). Os tr�s est�o fechados com o candidato do PSDB � Presid�ncia, senador A�cio Neves. Al�m dos tr�s, os diret�rios regionais de Alagoas, Goi�s, Mato Grosso, Santa Catarina, Paran� e Rio de Janeiro est�o alinhados com candidatos de oposi��o, segundo Coelho. A expectativa desse grupo � empurrar o partido para a neutralidade ou impor uma vota��o apertada na conven��o para escancarar a divis�o interna e ao menos marcar posi��o.
"Existe uma realidade partid�ria que mostra que o partido n�o caminha de maneira un�ssona. Levaremos uma proposta concreta, alinhada com o Rio Grande do Sul, e contando com o apoio de outros Estados para encaminhar essa neutralidade e manter a unidade partid�ria", disse o governador de Minas.
O principal argumento dos rebeldes � que apenas a neutralidade asseguraria a unidade partid�ria.
Apesar de a tend�ncia atual ser pela confirma��o do apoio � reelei��o de Dilma, o PP j� aprovou a libera��o dos diret�rios estaduais, que podem costurar suas coliga��es locais de acordo com seus interesses.