Ana Am�lia prepara a��o para anular conven��o do PP

Bras�lia, 25 - Inconformada com o resultado da conven��o nacional do PP, a senadora Ana Am�lia, candidata ao governo do Rio Grande do Sul, anunciou na tarde desta quarta-feira, 25, que vai entrar com um recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para anular a delibera��o do partido. Em vota��o r�pida nesta manh�, foi delegado � Executiva Nacional o direito de deliberar sobre a alian�a para a sucess�o presidencial. Minutos depois, o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), informou que o colegiado havia confirmado o apoio � reelei��o da presidente Dilma Rousseff.

Para a senadora, a conven��o apontava uma tend�ncia majorit�ria favor�vel a uma resolu��o pela neutralidade do PP. Ana Am�lia era uma das l�deres do grupo de dissidentes que pedia que a sigla continuasse neutra na sucess�o presidencial, como aconteceu nas �ltimas tr�s elei��es. "Estou extremamente desolada com o que aconteceu", afirmou.

Ana Am�lia observou que, durante o evento, dois livros foram disponibilizados para a vota��o: um para os convencionais e outro para os membros da Executiva. A senadora conta que muitos membros da Executiva, que n�o participaram na sequ�ncia da reuni�o � portas fechadas com Nogueira, acabaram assinando o livro de presen�a na reuni�o da Executiva sem se dar conta. "� tudo muito bem urdido", reclamou.

A candidata ao governo ga�cho diz que a resolu��o permitindo que os diret�rios regionais fa�am alian�as independentemente da orienta��o nacional e com outros candidatos � Presid�ncia da Rep�blica � "para ingl�s ver". "Isso n�o tem efic�cia, � ilegal. Eu n�o poderei colocar na minha propaganda o meu candidato, que � o A�cio Neves. Qual � a coer�ncia e o objetivo de fazer essa delibera��o simb�lica? N�o tem efeito legal", apontou.

A a��o judicial questionando a legitimidade do resultado da conven��o est� sendo elaborada pela assessoria jur�dica da senadora. Os advogados tamb�m j� pediram a transcri��o da grava��o do evento.

Em nota divulgada nesta tarde, o PP diz que s� os diret�rios de Minas Gerais e Rio Grande do Sul eram contr�rios � alian�a nacional com o PT. Nas contas dos dissidentes, no entanto, pelo menos sete diret�rios (Santa Catarina, Amazonas, Cear�, Goi�s, Rio de Janeiro, al�m de Minas e Rio Grande do Sul) eram favor�veis � neutralidade do partido."A forma como a imposi��o foi tentada sobre os convencionais � preocupante. O que est� atr�s disso?", questionou a senadora.